𝐏𝐀𝐑𝐓𝐘 𝐂𝐋𝐔𝐁 - percabeth.

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★ ANNABETH'S POV

Meu quarto. Ela havia feito um quarto para mim? Pelo visto sim.

Minha mãe me guiou até a porta da esquerda, e quando abriu, fiquei maravilhada. Era simplesmente o paraíso, cada canto daquele cômodo parecia um pedaço da minha essência que foi roubada de mim para ser colocada lá.

Tinha uma estante de livros enorme. Todos os livros que eu amava, e mais alguns que sempre sonhei em ler. Nas paredes, quadros de prédios incríveis, ou casinhas na beira da estrada que haviam sido construídas em perfeita matemática, surpreendentemente.

Uma televisão presa à parede, em frente a minha cama. Embaixo da TV, uma escrivaninha com luminária e cadernos quadriculados na gaveta.

- Mãe... como...?

- Você acha que eu não te conheço, não é? - eu assinto com a cabeça. - Pois está errada. Sente-se aqui.

Ela já estava sentada na minha cama, fazendo sinal para eu sentar ao seu lado.

- Filha, é o seu último ano do ensino médio. Percebi que... eu estava me distanciando muito de você. Me desculpa, por tudo. Minha carreira tomou uma repercussão incrível e eu nem percebi o tempo passar. Enfim. Você precisa estudar numa escola realmente boa, não aquela que seu pai insistiu em te colocar. Aqui em Nova York existe uma perfeita para você. Conheço muita gente que colocou seus filhos para estudar lá.

- Tipo quem? - pergunto, curiosa.

- Tristan McLean, o ator que foi em meu programa no mês passado. Sua filha estuda lá, no Olympus High.

- Olympus High... interessante.

- Você vai começar amanhã.

- AMANHÃ? Mas... ainda são férias.

- Claro, na sua escola antiga ainda seria. Mas na Olympus High, as aulas começaram semana passada.

- Então eu perdi uma semana de aula?

- Sim... mas não se preocupa. Você é esperta demais para ficar atrasada - ela passa as mãos em meu cabelo. Seus olhos estavam marejados. - Annabeth, me conte mais sobre você.

E a noite foi assim. Atena, minha mãe famosa, queria me conhecer melhor. Não diria que a desculpei 100%, só estava dando a ela uma chance de mostrar que poderia fazer um melhor papel de mãe. Surpreendentemente, a conversa fluiu. Eu descobri sobre ela. Ela descobriu sobre mim. Me mostrou todos os empregados da casa, e no fim fui dormir pelo dia agitado e cansativo. Amanhã terá muita coisa pela qual eu não sei se irei me acostumar.

Já sentia falta do meu pai. Da minha casa. Da família inteira, de Rachel, de todos os meus amigos. Minha vida antiga era incrível. Desde que eu pisei nessa cidade, me senti perdida. Recomeçar é um saco. Mas infelizmente, eu não podia ficar lamentando pelo passado. O que me restava... era seguir em frente.