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PERCY'S POV

  Sentado em meu terno preto, balanço os pés ansiosamente no sofá da sala de estar da casa dos Grace. A noite do baile chegou.

— Tá bem aí? — Jason me observa, sorrindo. — Relaxa, cara. Vai dar tudo certo.

  Aperto no bolso a caixinha que contém o colar que eu comprei para Annabeth. Será que ela iria gostar? Será que ela gostaria do que vem depois?

— Ela acabou de perder a mãe... eu deveria dar espaço para ela.

— Tudo que ela precisa é de você agora. Sua companhia a deixa radiante, eu consigo ver isso.

  Levanto as mãos até o cabelo, mas Jason dá um tapa nela.

— Para de se bagunçar, garoto. Tá todo arrumadinho.

— Você falou igual uma garotinha. — Empurro sua mão.

— Garotinhas devem ser sensatas, então. — O loiro se emburra.

— Que seja — suspiro. — Meus Deuses, já faz uma eternidade que elas estão lá em cima.

— E você tá surpreso? — Jason levanta as sobrancelhas. — É assim sempre. Vai ter que se acostumar, hein.

— Bando de macho chato! — O grito de Thalia ecoa lá de cima. — Ainda tá cedo, parem de reclamar!

  Olho para o relógio, e cedo é uma palavra muito forte para descrever o horário.

  Alguns minutos se passam quando o primeiro pé aparece no topo da escada. Coturno preto, seguido de um vestido vinho longo. O rosto de Thalia aparece inabalável, seu olhar afiado contornado pelo delineado preto.

— Fala sério, sou muito gostosa — A garota sorri pra si mesma. — Mas nada se compara a essas mulheres atrás de mim.

  Ela olha para cima e logo desce Piper, com seu vestido rosa bebê delicado e brilhante. Seu olhar está fixo em Jason, assim como ele está em todas as partes dela. Jurei que vi partículas de amor flutuando entre os dois pombinhos.

  E então vem ela.

  A mais linda de todas.

  Annabeth desce pela ampla escadaria usando um vestido prateado com uma fenda na perna que quase me faz cair para trás. Ela é fabulosa, mas hoje estrapulou barreiras.

  Essa garota é minha.

  Ou talvez quase isso.

  Ao encontrar meu olhar, sorri com todos os seus dentes perfeitos e vem até minha direção. Pego suas mãos e aperto.

— Você tá planejando minha cova? Meu ar vai acabar já já.

— Deixa de ser idiota. — Ela cruza os braços e me analisa por completo. — Você até que tá parecendo gente.

— Você é uma peste — aperto seu nariz. — Eu estou magnífico, como sempre.

  Ela joga seus braços atrás de meu pescoço, gargalhando.

𝐏𝐀𝐑𝐓𝐘 𝐂𝐋𝐔𝐁 - percabeth.Onde histórias criam vida. Descubra agora