Festa

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Que tal começar já deixando seu voto?
Boa leitura!

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Jimin já havia perdido a conta das vezes que havia parado para encarar a vestimenta disposta cuidadosamente sobre sua cama. A seda parecia macia e brilhante mesmo de longe sem precisar que o rapaz sequer a tocasse para se certificar.

Lembrava-o do início do casamento quando o marido o levava constantemente para jantar fora ou a eventos importantes da agência quando o Lee ainda estava aprendendo sobre os ofícios para sua futura gestão. Lembrava-o de quando era explícita a vontade do marido de expor-lhe ao mundo como seu.

Foi numa dessas que conheceu alguns dos amigos do marido, estes que fizeram questão de ressaltar que faltava um quarto integrante que estava fora à estudo. E embora o quarteto não estivesse completo, os rapazes conseguiram fazer Jimin se sentir muito bem acolhido e querido, fazendo-se interessante a ideia de ter todos juntos. Aparentemente seria uma figura visto que apenas três deles juntos já formavam uma divertida algazarra.

O que o trazia ao presente momento não era nem de longe algo a lhe proporcionar o mesmo conforto ou acolhimento. Na verdade, Jimin ainda estava numa difícil análise de seus próprios sentimentos sobre aquela visita.

Havia sentido falta do marido; não iria mentir. Mas o fraquejar de suas pernas e o peso em sua respiração desvirtuaram quase por completo todo o prazer que o rapaz deveria ter após tanto tempo longe de quem amava.

No dia da visita inusitada do marido, Jimin foi dormir calado ignorando os questionamentos do amigo tão confuso após o anúncio de Jimin lhe avisando que teriam uma festa para ir dali a dois dias.

Sabia que o amigo muito provavelmente estaria irritado consigo por tanto segredo diante um pronunciamento tão repentino e inesperado, mas ele mesmo precisou de um tempo para digerir o que estava acontecendo e até algumas horas depois da visita que recebeu, Jimin ainda demonstrava certa relutância para acreditar que havia mesmo visto Taemin.

Era assolado pelo peso da dor, mas o vácuo que a solidão deixava em seu peito fazia com que seu coração se afugentasse nas lembranças mais doces que tinha do marido por mais distantes ou duvidosas que parecessem agora.

De repente procurar a dor tornou-se mais confortável que a ideia de simplesmente não sentir nada.

Enquanto a água morna lhe banhava, Jimin se atreveu a fechar os olhos por alguns instantes e pôde enxergar a mão do marido retornar ao seu cabelo o transpassando para detrás da orelha; pôde enxergar a mão macia juntar-se a sua e girá-lo no lugar acompanhado de um eco de seus elogios. E então, o Park sentiu como se a água tivesse esfriado de repente visto que seu corpo todo parecia congelar fazendo-o tremer de frio, encolhendo-se debaixo das gotículas pequenas.

Seus sentimentos se tornaram uma confusão tão grande que mal notou quando sua mão chocou-se com pesar contra o azulejo do banheiro, dando abertura para seu choro desesperado.

Diante disto, teve que fazer esforço para disfarçar o embargo na voz quando Taehyung anunciou do outro lado da porta que Yoongi estava ligando.

Já imaginava que o Min muito provavelmente proporia que fizessem algo juntos tal como vinham fazendo, mas Jimin não sabia como recusar; não quando a justificativa seria estar indo a uma festa com o homem que tanto o machucou. E Yoongi não merecia uma mentira, ainda mais quando para acobertar algo assim.

Se nem o próprio conseguia se perdoar, não queria nem imaginar como o Min reagiria àquilo. Então ao invés de mentir, preferiu apenas permanecer omitindo.

Sofisma || YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora