AVISO: Este capítulo contém cenas de violência.
Se é sensível a este tipo de narrativa, sugiro que comece a ler à partir do primeiro colchete "[...]"
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— Onde está indo?
— Onde você acha? Alguém tem que trabalhar de verdade nessa casa. - Soltou amargo enquanto terminava o nó de sua gravata.
Jimin preferiu apenas ignorar a amargura do marido, já quase se acostumando com tal comportamento depois das semanas complicadas que tiveram desde que tivera tomado coragem de confrontá-lo noutra noite.
— É só que...Porquê essa mala? - Sentou-se na cama, podendo ver através da janela o céu tingido ainda num tom escuro de azul.
— Tenho uma viagem para ir.
— Mesmo? - Seu sono se dissipando pela surpresa. — Você não me disse nada...
Choramingou. Nem teve tempo de se preparar para sabe-se lá quanto tempo ficaria sem seu marido; o coração começando a se apertar numa saudade repentina antes mesmo que o Lee saísse.
— E como eu poderia, afinal... - Sentou-se na cama logo à frente do pequeno Park. Seu olhar analisou com cautela todo o rostinho inchado do rapaz enquanto deslizava por ali as costas da mão num carinho ainda singelo. — Têm andado tão ocupado ultimamente.
Jimin murchou sobre o tom ferido do marido, sentindo outro aperto no coração, desta vez sendo a culpa o sufocando. — Amor, isso não é verdade. Eu saio bem cedo então, sempre estou em casa no horário. - Justificou-se, notando o carinho do Lee descer por seu pescoço até contorná-lo de forma sorrateira.
— Tem certeza? - O tom de sua voz era tão macio quanto veludo, divergindo do peso de sua mão que passou a aumentar gradativamente em torno do pescoço de Jimin, que por estar confuso permaneceu quieto. — Não acha que tem algo para me dizer? Talvez contar o que era tão interessante para que pudesse ter demorado tanto tempo num mesmo lugar a alguns dias?
O Park engoliu a seco usando o reduzido espaço que ainda lhe restava para respirar na medida em que Taemin reforçava o aperto em seu pescoço, não precisando nem utilizar as duas mãos para tapar quase toda a entrada de ar que Jimin possuía. O pequeno confuso entre entender o que estava acontecendo e entender como Taemin havia notado sua demora; o medo o tomando com força total até que ficasse paralisado sem saber como reagir.
— C-como você... - Soltou baixinho com voz fraca e chorosa tão como seus olhos marejados encarando o marido em tamanha surpresa.
Taemin nada respondeu, notando a primeira lágrima rolar pelo rosto bonito de Jimin que ficava cada vez mais vermelho na busca incessante deste por ar. As mãos pequeninas logo se firmavam no punho fechado de Taemin ao redor de seu pescoço, tentando a todo custo soltar-se da garra do marido que sorria viperino para a expressão desesperada do Park.
— Tão bobinho... Eu joguei a isca e você a agarrou direitinho. - Aumentou o sorriso chegando a rir do outro, novamente surpreso por ter sido pego.
E é claro que não era a verdade, mas Taemin nunca entregaria seus truques. Preferia continuar se divertindo com as frustrações do pobre Park; preferia deixar bem claro que não importa onde estivesse ou o que estivesse fazendo, não conseguiria escapar de si. Era apenas o curso natural das coisas e a vida lhe fazendo sofrer as consequências de ser tão travesso.
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Sofisma || Yoonmin
أدب الهواة[CONCLUÍDA] Estamos em constante negação a relações rasas. Mas relacionamentos fundos demais tendem a ser tão assustadores quanto. Jimin pensou que se casando tudo ficaria bem, no entanto, ao invés de ser acolhido por águas tranquilas, se sentia ca...