Decisão

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O furacão que antes havia invadido a casa do Min, em nada se comparava ao que agora invadia sua sala. Tal como o fenômeno não encontrando sua camada fria para amenizar-se, Taemin também não havia conseguido aquilo que queria para amenizar os ânimos impulsivos.

Pela primeira vez em anos o homem não tinha o cabelo delimitado e o terno bem alinhado; pela primeira vez em anos não exibiu um sorriso cortês aos vizinhos com quem trombava pelo corredor ou elevador do apartamento, nem desejou um "Bom dia!" ao senhor da portaria.

O caminho da casa do Min à empresa só teve uma parada na farmácia para a reposição dos comprimidos os quais o homem questão alguma fez de tomar no presente momento, mas sentia que mais tarde precisaria pois, não pararia enquanto não esclarecesse suas dúvidas e temia que tal concretização pudesse fazê-lo perder o controle da situação.

A calma e atenção que deveria ter no trânsito, foram convertidas na força que o homem usava para pisar no acelerador e no descuido para simplesmente ignorar os sinais de PARE. Mas nem a possibilidade de causar um acidente conseguia abalar o desassossego do Lee com a presença repentina de Yoongi no hotel, ou a inusitada recepção para com Jimin.

Com o ritmo que seguia, chegou rápido na empresa, estando adiantado o suficiente para ninguém notar sua entrada na sala do até então melhor amigo.

Apesar do descuido de levar Somin ao seu apartamento uma vez, o encontro com Jungkook no corredor antes de fechar a porta, fez o homem entrar em alerta e lembrar-se de que ainda não era o momento para sossegar.

Sendo assim, retornou à sua estratégia de voltar a frequentar um hotel caro distante do centro da cidade, onde civis conhecidos não são frequentes, e não teriam um letreiro de Motel a servir de especulação aos jornalistas espertinhos que ousassem tentar segui-lo.

Era o plano perfeito!

Não foi atoa que vinha dando certo a anos, mas isso tornou ainda mais estranha a presença de Jimin ali, uma vez que Taemin o considerava lento demais para se atentar a detalhes ou conseguir segui-lo sem ser notado. O Park jamais teria capacidade para tanto.

Os olhos vermelhos, mãos trêmulas e suor escorrendo desde quando ainda estava no carro, demonstravam a pressa e nervosismo do homem que nem teve tempo de se preocupar em tomar um dos costumeiros remédios. E também pudera; sentia-se mais do que sóbrio com a cabeça à mil girando em torno de um único foco.

Não precisava de um tranquilizante; precisava de respostas.

Impaciente vasculhava cada gaveta da sala de Yoongi, e em passadas rápidas com o olhar fazia questão de ler o que continha em cada papel e analisar cauteloso cada foto. Até mesmo o pequeno armarinho num canto discreto da sala onde o Min guardava a papelada mais antiga mas passível de futura utilidade, foi refém da procura incessante de Taemin que convicto de que havia algo suspeito acontecendo, arriscou tentar o computador do outro.

Por se tratar de um aparelho de posse da empresa, não eram muitas as opções de senha, e como sendo Taemin e Yoongi os únicos a dividirem cargos maioritários como sucessores dos pais e donos da agência, a opção de senhas devia ser do conhecimento de ambos.

Lembrando-se disso, na terceira tentativa Taemin assistiu a tela do aparelho desbloquear após apostar no ano de formação da agência junto da soma de idade de seus pais ainda tão jovens na época em que a fundaram, sendo motivo de uma história que era constantemente contada com muito orgulho nas reuniões de família.

De tão previsível, parecia impensável. Ou pelo menos era o que as circunstâncias demonstravam, já que nunca haviam tido problemas de informações vazadas.

Sofisma || YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora