Contra-medidas vs contra-medidas

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Assim que os soldados imperiais entraram nas profundezas da montanha, adentrando o covil de seus inimigos e atacando as entranhas da Forja, o contato com o Quartel General e aqueles que ficaram na superfície foi cortado.

Isso lembrou Xi Zhang do problema de comunicação a longa distância que eles tiveram quando enfrentaram os Aranhas. Talvez fosse o mesmo mecanismo, só que com algumas alterações para funcionar de maneira mais intensa a curta distância.

Os canhões de enerjom das Maquinas e Deuses da Guerra estavam destruindo toda a superfície da montanha a frente deles, garantindo que rotas de fuga fossem reveladas ou bloqueadas.

De tempos em tempos grupos de soldados voltavam para a superfície, carregando os feridos de encontros com membros da Forja no interior da montanha. Alguns relatos eram de confrontos acirrados, mas nenhum com perdas pesadas demais para garantir uma retirada completa deles.

Um aviso chegou até o andador de Xi Zhang, revelando que quinhentos soldados das forças da Fronteira estavam se aproximando, liderados pelos oficiais de confiança de sua irmã mais velha.

Eles estavam se preparando para adentrar na Forja pelo o outro lado da montanha quando alertas começaram a chegar das naves dos Xa que sobrevoavam o campo de batalha. Hologramas se ascenderam em volta de Xi Zhang com imagens de Predadores da Noite saltando de cavernas nas proximidades. Centenas de aranhas gigantes que logo se transformaram em milhares começaram a se mover em direção aos reforços que tinham chegado da Fronteira.

Se estivessem em uma posição defensível e preparados, os quinhentos soldados da Fronteira teriam conseguido segurar aquela investida de Predadores da Noite com poucas baixas, mas estando em campo aberto e sento atacados por todos os lados, eles não durariam muito tempo.

- Abandonem o ataque a montanha e se movam para dar cobertura aos reforços! – Xi Zhang ordenou freneticamente no comunicador para as Maquinas e Deuses da Guerra.

Rapidamente os disparos cessaram enquanto os pilotos entravam em ação. Os que se moveram mais rápido foram os Deuses da Guerra, correndo quase como pessoas em volta da montanha para chegar a tempo do outro lado e conseguir dar cobertura aos reforços.

As Maquinas de Guerra se moviam mais lentamente. Diferente dos Deuses da Guerra, elas não poderiam ir muito próximo no combate, tendo que ficar a uma certa distância para conseguir atirar com precisão e sem causar danos colaterais.

Assim que as forças de Xi Zhang começaram a se mover para ajudar seus reforços, passagens surgiram em algumas partes da montanha que ainda não tinham sido atingidas e Maquinas de Guerra surgiram por essas passagens, se posicionando rapidamente e abrindo fogo contra as Maquinas e Deuses da Guerra em movimento.

Em segundos a situação mudou na superfície. Os reforços que deveriam adentrar no interior da Forja estavam se posicionando para se defender da onda de milhares de Predadores da Noite que corriam em direção a eles enquanto as Maquinas e Deuses da Guerra que deveriam estar ajudando-os a lidar com essa ameaça estavam sendo bombardeados pelas recém-chegadas Maquinas de Guerra inimigas. As rajadas de enerjom causavam destruição para todos os lados.

Em um holograma, Xi Zhang viu uma Máquina de Guerra que não tinha conseguido reagir a tempo ser acertada por duas rajadas de enerjom e feita em pedaços durante a explosão que se sucedeu. Um Deus da Guerra tentou manobrar e perdeu uma das pernas ao ser atingido, caindo em seguida e sendo alvejado por outra Máquina de Guerra que o destruiu antes que pudesse fazer algo.

- Por quanto tempo vão ficar se escondendo aí em cima? – Xi Zhang questionou furiosamente no comunicador.

Em resposta a suas palavras, as naves dos Xa entraram em ação. Rajadas de enerjom bombardearam algumas Máquinas de Guerra focadas em acertar a artilharia terrestre do exército imperial. Outras rajadas caíram sobre os Predadores, abrindo buracos em sua aterrorizante onda, mas não intimidando em nada as criaturas das profundezas.

As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora