As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte II

Ataque impedido?

Um sorriso selvagem se abriu no rosto de Jaga Toora enquanto ele observava seus guerreiros cercando o Forte de Iraguza. Ele ainda tinha pelo menos oitocentos de seus guerreiros ali. Tanto os membros dos Toora quanto dos Clãs menores que ele dominou nos últimos anos.

Seu Exército possuía mais uns duzentos guerreiros que eram membros da União dos Clãs Unidos sobre o comando de Lih San, mas ele tinha deixado para eles o trabalho de caçar os imperiais fora do Forte.

O ataque das naves imperiais naquele dia tinha lhe custado um bom punhado de Drags e por isso ele não queria se arriscar mandando os últimos que ele tinha em uma caçada pelas terras rochosas da região.

- Patriarca, estão todos prontos. – Um de seus Grandes Guerreiros se aproximou e falou enquanto abaixava a cabeça.

Jaga Toora afastou os pensamentos sobre Lih San e a União e voltou a se focar naquilo que estava a sua frente. O Forte de Iraguza ficava posicionado em um morro com um profundo e íngreme precipício ao sul. Era por causa desse precipício que Jaga Toora tinha dividido seu Exército em três partes.

Ele estava com o grosso do Exército, quase quatrocentos guerreiros acompanhados de três canhões de enerjom de pequeno porte para atacar os muros do Forte pelo leste enquanto a segunda parte de seu Exército com uns duzentos guerreiros estava posicionado ao norte e o resto ao sul.

Todas as três partes do Exército dos Toora estavam reforçados com unidades moveis de Drags, prontos para caçar qualquer unidade imperial que tentasse se aproximar do Forte ou fugir dele.

- Vamos acabar logo com as coisas por aqui para podermos seguir para a capital dos Gu. – Ele falou se virando para o Grande Guerreiro a sua frente

Mas quando ele estava para dar a ordem para que fosse iniciado o ataque, ele percebeu um punhado de Drags correndo em direção ao Exército dele vindo do nordeste.

- Parece que Lih San cuidou dos imperiais que tinham escapado. – O Grande Guerreiro comentou observando também a aproximação dos poucos guerreiros montados.

- Qual o sentido de enviar mensageiros para dizer isso? – Jaga Toora perguntou franzindo um pouco a testa. – Não, provavelmente alguma merda deve ter acontecido.

Ele segurou sua ordem para começar o ataque e esperou a chegada dos guerreiros da União. Assim que os viu chegando cada vez mais perto, ele teve cada vez mais certeza de que algo de errado tinha acontecido.

Somente sete guerreiros montados tinham voltado e eles faziam seus Drags avançarem de maneira desesperada. Alguns deles estavam cobertos de sangue e sujeira, indicando que tiveram uma luta difícil antes de chegar ali.

A um gesto de Jaga Toora, alguns dos guerreiros dos Toora se adiantara e barraram a passagem dos guerreiros da União, deixando que somente um deles passasse após desmontar do Drag.

Olhando para o homem com o colete de couro manchado de sangue e sujeira diante dele, Jaga Toora franziu mais ainda a testa ao perceber que não reconhecia o homem. Aquele não era um dos líderes da União.

- Onde está Lih San? – Ele perguntou friamente ao homem que estava com os olhos arregalados de pavor.

- Morta. – O homem respondeu com a voz tremula, se encolhendo diante da encarada de Jaga Toora. Ele então começou a contar o que tinha acontecido. Começando pela caçada contra os imperiais dos Gu, um grupo pequeno composto por alguns civis e uns punhados de soldados.

A caçada deles os levou até a antiga capital dos Gu, uma cidade em ruínas que dava acesso ao Vale das Três Presas. Lá dentro, eles tentaram eliminar os imperiais só para se surpreenderem ao serem emboscados por uma força muito maior de soldados inimigos.