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Antes da leitura, acredito que seja válido relembrar que essa fanfic é recomendada para maiores de 18, pois contém gatilhos, violência explícita, crise de ansiedade, psicopatia etc. Aviso isso porque agora é reta final, ou seja, capítulos intensos e com narrações mais pesadas. Eu sei que ninguém liga para a classificação etária, mas preciso falar mesmo assim para não me sentir culpada! Hahaha

Respeitem seus limites, por favor! Digo isso por amar vocês e querer protegê-los de quaisquer danos. Lembrem-se de que é só uma ficção, ok? Boa leitura, pequenos detetives! 🤍

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ANDRÉ LAMOGLIA.
(flashback 24/06)

O frio da noite em Buenos Aires passava pelas frestas da janela. Agustina, com pernas bambas, saiu do lugar que estava sentada e se direcionou ao objeto metálico incluso na parede, assim, ligando o aquecedor para que pudéssemos ser minimamente aliviados da baixa temperatura.

— Estou congelando. — Julio indagou, batendo os dentes e suspirando em seguida. O frio era tanto, que foi possível ver a fumaça sair por suas narinas ao pronunciar a curta frase.

— Agustina, caso não tenha notado, esse é um daqueles ótimos momentos para nos ceder um cobertor. — Giulia insinuou-se de forma um tanto quanto direta.

— Não gasto meus jogos de cama de mil fios, cem por cento algodão, limpinhos e cheirosos, com meros plebeus. — respondeu com nariz arrebitado, passando um ar de superioridade que nos fez revirar os olhos.

— Não seja tão esnobe, ajude os pobres. — Micaela brincou, esfregando as mãos.

— Odeio pobres. — retrucou Agus, entrando na brincadeira. — Se vejo na rua, eu chuto. — deu de ombros.

— Que coisa horrível. — por sua vez, Daniela disse perplexa, a boca cheia de salgadinhos de queijo.

— Chega a ser um absurdo. — bufou. — Vocês vêm até a MINHA casa, comem da MINHA comida e, não satisfeitos, querem roubar MEU jogo de cama. — Agus, apresentando-se indignada, pontou.

— Não seja tão ignorante, Agustina. Faça sua boa ação do dia. — Valentina, deitada no peitoral de Julio, implorou fazendo beicinho.

— Chatos. Muito chatos! — a anfitriã, dando-se por vencida, levantou-se para buscar os agasalhos. — Alan. — Inclinou a cabeça na direção da escada, e o mesmo logo entendeu que ela precisaria de ajuda.

Agustina subiu os degraus com raiva nos olhos e praticamente marchando sobre o piso de madeira. Alan abafou a risada ao ver o estado de tensão que ela se encontrava e, sem opor-se, a acompanhou até o andar de cima.

— Pronto, agora eles jogaram tudo pro alto e resolveram deixar explícito de vez. — Rodrigo, dando um gole em sua cerveja, rolou os olhos.

— Rodri! — Giulia repreendeu. — Esquece desse assunto. — resmungou entre dentes.

— Todos aqui já sabem, Giulia. E nem foi pela ceninha que Isabela fez mais cedo, bem antes disso já percebemos. Ninguém é cego para não notar. — apontou à escada que haviam acabado de subir.

— O que todos já sabem? — confuso sobre o assunto que falavam, questionei.

— Todos, a não ser a anta do André. — Daniela provocou e, como retribuição, mostrei a língua. — Criança. — bufou a chatonilda.

— Agustina e Alan se pegando. — indiferente, Rhener contou.

— Ah... mas isso é muito antigo, só que depois de toda discussão eles resolveram deixar exposto, não é? — resmunguei frustrado.

24 de JunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora