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N/A: Hoje 24 de junho bateu 10K de visualizações. Tive que vir aqui atrapalhar a leitura de vocês pra agradecer! Sério, não imaginava isso, vocês são muito importantes pra mim, obrigada por tudo o que vocês fazem, todo apoio, panfletagem, votos, comentários, teorias. OBRIGADA DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO! Boa leitura. <3


ISABELA SOUZA;

— Isabela, se acalma, pode ser uma brincadeira da Valentina. — Julio tentou me tranquilizar.

Eu sentia que era verdade, querendo ou não, era inegável. Mais uma vez perdi uma pessoa que amava e meu coração apertava sabendo disso.

— Vamos tentar ligar para alguém? — o espanhol sugeriu pegando o telefone. Não deixei de notas que suas mãos ficaram trêmulas.

Não era capaz de ajudar a mim mesma, quem dirá a ele, o que só me fez ficar mais nervosa. Fomos interrompidos de nossos surtos por batidas fortes e apressadas na porta. Sem pensar duas vezes, abri dando de cara com Rhener, que carregava uma expressão assustada.

— Essa merda é mentira, não é? — na tensão do momento, falou em português mostrando a mensagem, a qual também recebemos.

— Ela morreu mesmo. — aceitei permitindo que as lágrimas caíssem.

Parecia que uma parte de mim se foi junto com ela. Meus batimentos cardíacos eram tão fortes e rápidos a ponto de senti-los esmagando meu peito. E, mesmo em meio a toda minha dor, só conseguia pensar nela, nas nossas memórias que para sempre ficariam guardadas em meus pensamentos. Apesar de nossas brigas, Agustina era especial. Eu a amava com todo meu coração, e agora, me encontro vazia.

Já deveria ter me acostumado com isso. Era meu destino perder pessoas que amava.

— Eu não acredito nisso. — o espanhol passou as mãos pelo rosto, demonstrando um grande desconforto com a situação. — Quando esse inferno vai acabar? — bufou com os olhos marejados.

Não existiam palavras para definir ao certo o que acontecia dentro de mim. Um sentimento enorme de culpa, impotência e arrependimento cresciam em meu peito.

Culpada por não ter ficado ao lado dela no momento em que mais precisava de mim. Impotente por não poder fazer nada para mudar esse quadro. Arrependida por estar "brigada" com uma pessoa que tanto amava.

— Consegui falar com a Gabi. — Rhener chamou nossa atenção. — Os outros já estão indo pra casa da Agustina. Vamos? — assenti, mesmo contra gosto.

Não entendíamos, nem como e nem o porquê. A mensagem que Valentina nos mandou, não explicava direito o que havia acontecido. Mas tinha absoluta certeza que não foi algo "do nada".

Fui o caminho todo pensando em milhões de possibilidades daquilo ser apenas um mau entendido. Esperava — com todo o meu coração — que fosse uma brincadeira de péssimo gosto.

Ao me deparar com a faixada sombria da casa, todos os piores pesadelos que estavam guardados vieram à tona assombrar-me. Aquele lugar nos trazia péssimas lembranças e odiava ter que passar por tudo de novo. Ao adentrar ali, deparei com as expressões frias dos suspeitos que — por mais uma vez — viviam a história trágica de mais uma morte.

— Você está bem, Isa? — Rodrigo perguntou preocupado ao me ver ofegante. — Quer alguma ajuda? Uma água? — falou prestativo.

24 de JunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora