Prometo que sim filha

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— Jihyo o que aconteceu? — Sana disse entrando no quarto da mais nova e a envolvendo em um abraço.

— Sana, eu matei uma inocente. – Jihyo disse em meio ao choro e escondendo seu rosto no ombro dela.

— Eu não sei direito o que aconteceu, mas tenho certeza de que não foi sua culpa. – Sana disse apertando mais o abraço na amiga.

— A perícia já comprovou que o tiro que a matou foi o meu. – Ela disse ainda chorando e abraçada a amiga.

— Você não fez isso por querer, eu sei disso. – Sana falou a levanto para se sentar na sua cama junto a si. – Jihyo, você é a melhor policial que eu conheço, não precisa ficar assim. – Ela disse olhando bem para a amiga que ainda chorava.

— Eu sinto que eu não mereço mais ser uma policial depois que isso aconteceu. – Ela disse ainda chorando e olhando para baixo, se sentindo envergonhada.

— Claro que merece e eu tenho provas disso, foi você que recusou propina do cara que estava batendo na esposa e você pegou em flagrante, foi você que mesmo fora do seu horário de trabalho ajudou o garotinho a reencontrar os seus pais, é você quem sempre faz de tudo pelo jeito certo, você mais que todo mundo merece ser o que é hoje. — Sana falou segurando o rosto dela para que possa olhar nos olhos dela.

— Se eu fosse tudo isso que você falou, não teria feito o que eu fiz. – Ela disse ainda deixando algumas poucas lágrimas caírem.

— Jihyo... – Sua fala foi interrompida pelo toque da campainha. – Já volto, vou ver quem é. – Sana disse se levantando e indo em direção a porta da frente da casa.

— Olá Sana. – Daniel falou ao ver a japonesa ali.

— Oi Daniel. – Sana respondeu olhando para ela.

— Vim buscar a Jihyo, para a gente ir junto para o trabalho. – Ele disse ainda olhando para ela.

— Ela está no quarto dela. – Sana disse dando passagem para ele entrar na casa.

— Jihyo, o que aconteceu? – Ele perguntou ao ver que ela estava chorando.

— Por que eu estou me sentindo tão culpada? – Jihyo perguntou abraçando—o em uma tentativa de se sentir melhor.

— Já disse que você não é culpada. – Ele falou a apertando no abraço.

— Eu sei, mas eu não sei o que está acontecendo comigo. – Ela confessou se sentindo pior ainda.

Daniel nada mais disse só ficou ali com ela, tentando deixar ela mais calma o possível, da porta do quarto, Sana via a cena, ela se sentia bem pela amiga ter alguém especial na sua vida, mas ver a cena fez ela sentir saudade da sua esposa, sentir saudade da época em que as duas estavam bem, por isso deixou os dois sozinhos e foi para o seu quarto.

— Amor. – Daniel a chamou quando reparou que ela não chorava mais. – Eu sei que você não queria isso, mas eu acho que seria bom você marcar pelo menos uma consulta com o psicólogo da polícia. – Ele falou quando viu que ela estava prestando atenção a si.

— Eu posso pensar sobre isso antes? – Ela perguntou vendo—o confirmar com a cabeça em resposta.

— Claro que pode, pense à vontade sobre isso. – Ele disse apertando o abraço dos dois. – Eu adoraria passar o resto do dia aqui com você, mas tenho que ir trabalhar, quer que eu avise o nosso chefe sobre você não está bem hoje? – Ele perguntou ainda abraçado a ela e fazendo um carrinho na sua cabeça.

— Eu vou ir trabalhar hoje, não posso faltar assim e lá pelo menos eu deixo a minha mente ocupada. – Ela disse secando as últimas lágrimas que escorreram pelos seus olhos.

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