Eu seria uma hipócrita se reagisse negativamente a isso

134 18 9
                                    


A pequena Ichigo brincava quieta com os brinquedos do consultório da sua madrinha, enquanto Sana e Momo esperavam impaciente pela consulta, como será um encaixe elas sabem que vai demorar um pouco, Chaeyoung é uma pediatra requisitada por isso sempre tem seus horários cheios, muito por ela ser extremamente cuidadosa e atenciosa com os pequenos e sempre conseguir deixá-los calmos na consulta o que para algumas mães é quase como um milagre.

Tanto Sana como Momo estavam preocupadas com a filha, mesmo ela estando brincando, elas conseguiam reparar que ela não estava bem, as duas torciam para não passar de uma simples virose infantil e nada mais, que amanhã ela já acordasse se sentindo bem.

— Hirai Ichigo. – A assistente médica da Chaeyoung disse chamando a pequena e então ela junto com suas mães foram para lá, elas esperaram um pouco mais de uma hora ali.

— Dinda. – Ichigo falou de forma desanimada quando viu a médica.

— Oi morango, oi mamães também. – Chaeyoung disse da mesma forma que sempre fala com seus pacientes.

— Oi. – Sana falou se sentando de frente da mesa dela e com a filha no colo.

— Olá. – Momo falou já sentada de frente para ela e deixando sua preocupação aparente.

— O que está acontecendo com a pequena? – Chaeyoung perguntou levemente preocupada com a sua afilhada.

— Ela acordou hoje com febre e disse que estava com o corpo doendo, nós demos um remédio para a febre e a dor mais cedo e então viemos para cá. – Sana explicou fazendo um carinho de leve na pequena.

— Ichigo, vem comigo, para eu ver como o seu corpinho está. – Chaeyoung disse vendo a pequena a seguir para a maca que tinha ali. – Abre a boca bem grandão, por favor. – Ela pediu vendo a pequena fazer isso e ela logo analisou a garganta dela e vendo que não tinha nada de errado.

Depois disso ela analisou olhos e ouvidos para de novo não achar nada de errado.

— Ichigo pode respirar fundo por favor. – Chaeyoung pediu olhando bem para a pequena, que logo fez isso e ela de novo não viu nada ali. – Mais uma vez pequena. – Ela pediu novamente e ela logo fez o pedido. – Agora me diz onde está doendo? – Ela perguntou mantendo seu olhar sobre ela.

— Meu corpo doí. – Ichigo respondeu olhando para a sua dinda.

— Tem algum lugar que está doendo mais? — Ela perguntou vendo a pequena pensar antes de responder.

— A minha cabeça doí mais. – Ichigo falou com um tom baixo na voz para a sua madrinha.

— Toma, uma bala para você ficar feliz. – Ela falou entregando uma bala que contém algumas vitaminas que fazem bem para crianças. — Morango, você pode ir brincar lá fora com a tia Chaeryoung por favor. – Chaeyoung pediu e Ichigo logo fez o pedido, saindo da sala junto com a sua assistente médica.

— Ela está bem? – Momo perguntou quando a filha não estava mais ali.

— Está, fisicamente ela está. – Chaeyoung disse sentando na sua cadeira. – Ela semana passada no nosso passeio juntas me contou que o relacionamento de vocês não anda muito bem, sei que isso não é da minha conta e só tem relação a vocês duas, mas a partir do momento que isso está fazendo mal a ela eu tenho que alertar vocês sobre isso. – A sua fala deixou as duas levemente confusa. – Ela é nova demais para realmente entender o que sente, ela sabe que não gosta de ver vocês duas distantes e isso a faz ela se sentir mal, como ela não entende esse sentimento ela não consegue expressar isso e seu corpo em uma tentativa de fazer essa sensação ruim passar faz o mesmo que ele faria caso fosse uma virose, por isso a febre e a dor no corpo. – As duas se sentiram mal com isso, principalmente Sana, ela se sentia horrível por não ter pensado nas suas filhas quando saiu de casa.

A vida a DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora