Última chance

121 18 3
                                    


Sana não sabia direito como havia chegado naquele bar um pouco longe da sua casa e muito menos quantos copos daquele uísque ela já havia bebido, mais sabia que foram muitos, pois já sentia o efeito do álcool no seu corpo, seu peito doía em agora saber de toda a traição da sua esposa e quando mais essa dor aumentava, mais ela bebia.

Por ser sábado a noite o bar estava relativamente cheio, algumas pessoas ali, assim como ela, afogavam as suas mágoas nas bebidas de sabor forte e que ardem a garganta quando ingeridas, já a grande maioria tentava se divertir com seu grupo de amigos ou a sós, procurando outra pessoa na mesma frequência que si.

— Posso saber por que a gatinha está chorando? – Um homem alto que está sentado do lado da japonesa perguntou. – Por acaso a gatinha brigou com o namorado? – Ele fez outra pergunta já que ela não parecia querer responder.

— Eu não tenho namorado, eu tenho uma esposa. – Sana falou um pouco alto e embolado por causa do álcool. – Eu acho. – Agora ela falou não querendo muito que ele ouvisse.

— Gostei da atitude de falar logo assim sobre ser casada com outra mulher. – Ele falou bebendo mais um cole do seu chope. – Mas o que ela fez para deixar você assim? – Ele perguntou curioso sobre isso.

— Não quero falar sobre isso. – Sana falou com um de raiva na voz, mas logo depois voltando a chora e com isso bebendo o resto do uísque que estava no seu copo.

— Na maioria das vezes desabafar faz bem. – Ele disse olhando bem para ela.

— Eu descobri que ela me trai. – Sana falou chamando o barmen e pedindo para que ele enchesse seu copo.

— Como assim, ela te trai? – Ele perguntou bebendo mais um pouco do seu chope.

— Eu li as mensagens da amante dela. – Sana disse sentido seus olhos se encherem mais de lágrimas. – Mas eu que sou a idiota, eu vi o vídeo dela beijando a outra, mas fui idiota em acreditar que ela tinha sido beijada sem ela querer. – Ela falou deitando sua cabeça na bancada do bar e deixando as lágrimas caírem.

— Você não é uma idiota, ela que é pôr de trair. – Ele constatou olhando para ela e reparando como ela está mal com isso.

— Mas o problema é que eu ainda a amo e acho que eu nunca vou conseguir deixar de amá-la, ela foi e para sempre será o amor da minha vida e a mãe das minhas filhas, não sou capaz de superar isso. – O que Sana não sabia quando disse isso é que Momo estava justamente atrás de si e ouviu toda a repentina declaração dela.

— Sana, eu também te amo e nunca vou deixar de amar, eu não te trai e nunca faria isso. – Momo disse a envolvendo em um abraço e se sentindo preocupada em ver como ela está bêbada.

— Então o que são aquelas mensagens? – Sana perguntou ainda sentindo raiva dela e tentando se soltar do abraço.

— Eu juro que eu nuca tive nada com ela, aquelas mensagens é mais uma tentativa dela de separar a gente, mas eu não vou deixar isso acontecer. – Momo respondeu apertando mais o abraço e sentindo as lágrimas voltarem para o seu rosto.

— É difícil acreditar em você agora. – Sana falou sentindo sua blusa ficar molhada com as lágrimas da mais velha.

— Vamos para casa, você está com raiva de mim, o que eu entendo, mas agora você precisa descansar, amanhã a gente conversa. – Momo disse agora olhando nos olhos da esposa.

— Não aquela, não é mais a minha casa, eu não quero mais nada com você. – Ouvir aquelas palavras doeu muito para Momo, mas ela não desistiria fácil do seu casamento.

A vida a DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora