Eu quero ter um oniichan

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Remetente: Conselho Tutelar Japonês.

Assunto: Irmão biológico de Hirai Sakura.

Bom dia, Senhoras Hirai

Na noite dessa última sexta-feira a progenitora de Hirai Sakura deixou outra criança para adoção no mesmo orfanato, em Osaka, ele é um menino de apenas dois dias de vida.

Como as senhoras são as adotantes da única irmã dele que já passou pelo processo de adoção, possuem a preferência em adotar o irmão mais novo dela.

Por favor não demorem a responder esse e-mail e pensem bem na escolha certa.

Sana estava completamente surpresa com esse e-mail, ela não esperava nem um pouco a possibilidade de descobrir que uma das suas filhas tem um irmão biológico, a surpresa é tanta que ela chega a estar pálida com isso.

— Sana está tudo bem? – Momo perguntou preocupada com a esposa e sobre o que ela lia no seu celular.

— Amor, eu recebi um e-mail do Concelho Tutelar Japonês. – Sana falou em um tom mais baixo do que pensou, ela ainda estava surpresa com o e-mail.

— Tem algum problema com as guardas das meninas? – Momo preguntou agora completamente preocupada e com medo de que suas filhas fossem tiradas de perto de si.

— Não é isso, lê o e-mail. – Sana falou entregando o celular para a mais velha, que leu e releu com bastante atenção o e-mail, se sentindo mais calma em saber que não ficaria longe das meninas, mas tão surpresa quando Sana com ele.

— Sana, sinceramente estou surpresa com isso. – Momo confessou voltando a olhar para a mais nova.

— Também estou, acho que a gente só nunca pensou na possibilidade de um irmão de uma das meninas aparecer. – Sana disse chegando mais perto da esposa.

— Verdade. – Momo concordou colocando o celular na mesinha de canto e puxando a esposa para um abraço.

— Vou mandar um e-mail resposta falando que estamos pensando sobre. – Sana falou vendo a mais velha concordar ainda no abraço e depois pegando o celular para fazer isso.

— Algo dentro de mim, diz que a gente teve de adotar esse menininho. – Momo confessou ainda abraçada a esposa.

— Entendo, mas não é algo tão simples, ele é um bebê que vai precisar da gente vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, sem falar que eu não quero parecer que a adoção dele é para preencher o vazio que a Hime deixou. – Sana falou escondendo seu rosto na curvatura do pescoço da mais velha, já que estava levemente envergonhada em confessar isso.

— Sei que não é algo simples e também sei que ele não vai preencher o espaço dela, só a Hime pode preencher isso, ele seria uma nova parte da nossa família, uma nova peça do nosso quebra-cabeça e a primeira que teria uma ligação sanguínea com uma de nós. Acho que a Sakura não gostaria que o irmão dela não fosse adotado. – Momo explicou o seu ponto de vista sobre aquilo sem se separar da esposa e até apertando um pouco mais a mais nova.

— Realmente, mas... — Sana ia começar a falar, porém, foi interrompida quando a porta foi aberta pela pequena Ichigo.

— Okaasan, haha! – Ichigo disse gritando, indo correndo para a cama das duas e começando a pular nela.

— Não pula na cama menina. – Sana ordenou no seu tom de voz de repreensão, o que fez a pequena logo para e se sentar bem no meio entre as duas.

— O vovô pediu para dizer que só deixou a gente aqui, pois tinha um compromisso. – Ichigo falou lembrando das palavras do avô, enquanto Sana disse para Momo sem som que depois elas conversariam sobre a adoção.

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