Você não precisa falar com ela

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— Sana. – A japonesa ouviu então uma voz feminina e familiar a chamando no corredor do shopping e ao se virar para a senhora logo reconheceu quem estava ali.

— Kimi. – Sana sentiu o medo da adolescência voltando ao ver ela ali, acompanhada de um homem levemente familiar para si de no máximo vinte e cinco anos.

— Filha. – Kimi disse sentindo seus olhos se enchendo de lágrimas causadas pela emoção de reencontrar a sua menininha.

— Você não é minha mãe. – Sana falou tentando se controlar para não dizer ali, na frente das suas filhas, tudo que sempre ficou guardado dentro de si.

— Vamos amor, você não precisa falar com ela. – Momo disse sabendo que sua esposa não estava confortável com toda aquela situação por isso segurou a mão dela e a guiou para que elas continuassem o caminho para o fliperama.

— Haha, quem era ela? – Ichigo perguntou sem entender o que estava acontecendo direito ali.

— Filha, esse é um assunto de adultos, quando você for mais velha aí posso te explicar isso. – Momo respondeu sabendo que esse não é o momento para falarem sobre isso.

O resto do caminho até o fliperama foi em um total silêncio, Sana não conseguia nem pensar direito naquele momento, com lembranças e mais lembranças de uma das piores épocas da sua vida, Momo se sentia preocupada com a mais nova, entendendo que aquele simples encontro pode fazer muito mal a ela, já as filhas das duas não sabiam direito o que havia acontecido, mas repararam que não era o momento certo para perguntar algo.

— Sakura, aqui estão as fixas e dinheiro para se vocês quiserem comprar mais fixas, tome conta da sua irmã, eu e sua mãe vamos estar na cafeteria aqui em frente, qualquer coisa liga, ok? – Momo disse entregando as fixas que ela comprou a sua filha mais velha.

— Ok. – Sakura falou entendendo tudo que sua mãe havia dito.

Depois disso as duas meninas foram escolher qual jogo jogariam primeiro ali, enquanto Sana e Momo foram para a cafeteria, onde a mais velha pediu um frappuccino de caramelo, sabendo ser o favorito da sua esposa.

— Toma. – Momo disse entregando a bebida para a mais nova, que tomou um bom cole dela.

— Obrigada. – Sana falou depois de beber um pouco da bebida.

— Está tudo bem, meu amor? – Momo perguntou se sentindo preocupada com a esposa, percebendo que a alegria que ela estava mais cedo havia passado.

— É estranho rever ela depois de tanto tempo. – Sana confessou olhando para baixo e sentindo algumas lágrimas se formando nos seus olhos.

— Não vai acontecer nada meu bem, não precisa ficar nervosa com isso. – Momo falou envolvendo a esposa em um abraço apertado, onde ela sentiu a sua blusa ficando um pouco molhada por causa das lágrimas dela.

— Ela parecia emocionada em me ver. – Sana disse quando começou a se sentir melhor sobre isso.

— Pensando como mãe, ela deve ter sofrido com a própria filha cortando relações consigo, mas aparentemente ela não sabe nem entende como fez mal a você. – Momo falou ainda abraçada a esposa e fazendo um carinho de leve nas costas dela.

— Faz sentindo. – Sana falou concordando com ela e se separando para poder pegar o seu frappuccino e voltando a beber.

— Aquele rapaz que estava com ela, não era o homem que atendeu a gente no hotel? – Momo perguntou sabendo que já havia o visto em algum lugar.

— Sim, sabia que o rosto dele é familiar e faz um pouco de sentindo, ele disse mais cedo que estava procurando uma pessoa do mesmo nome que eu, mas não teve de ter reconhecido por eu ter mudado o meu sobrenome. – Sana falou lembrando do que o homem havia dito a si.

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