A vida a Dois

Você fica linda agindo como mãe

Nessa quarta-feira o pequeno Chin não havia ido à escola, como as suas mães decidiram trocar a escola onde o pequeno estuda, de manhã eles foram à nova escola do pequeno, que é a mesma onde a Ichigo já estuda fazendo com que os dois agora sejam colegas de classes, já que o pequeno é um ano adiantado na escola.

Durante a tarde Jeongyeon saiu para trabalhar, deixando o pequeno com a Mina, onde em boa parte do período eles ficaram vendo filmes e jogando vídeo game.

Agora nesse início de noite a família toda estava reunida novamente, agora na sala de espera da psicóloga do pequeno, Mina e Jeongyeon estavam um pouco nervosas e ansiosas com a conversar que terão com a médica, enquanto o pequeno Chin só prestava atenção a HQ do Homem Aranha que lia com vontade.

— É estanho eu estar levemente com medo dessa conversa com a psicóloga? – Mina perguntou em um tom baixo para que só a esposa ouvisse, enquanto tinha a sua cabeça apoiada no ombro dela.

— Acho que não, confesso que também estou. – Jeongyeon respondeu pegando na mão da sua esposa e tentando passar confiança para ela.

— O único calmo aqui é o Chin. – Mina disse olhando para o filho que calmamente lia a HQ.

— Verdade. – Jeongyeon concordou também olhando para o pequeno, que nem reparou que falavam de si.

— Yoo Chin. – A médica disse chamando pelo pequeno da porta da sua sala, ele não queria ter que parar a sua leitura, mas como sabia que não adiantaria negar a ir, se levantou e foi em direção a sala ainda lendo. – Senhoras Yoo poderiam vir também. – Ela pediu agora olhando para Mina e Jeongyeon que logo foram para a sala. – Chin, hoje eu quero que você faça um desenho de como anda sendo essa sua semana, enquanto eu vou ter uma conversa com ela. – Ela disse se abaixando na altura do pequeno que havia se sentado na mesa infantil da sala, onde estavam as coisas de desenho. – Prazer em conhecê-las, eu sou a psicóloga Ang Bong. – Ela falou agora se direcionando as duas mães do pequeno.

— O prazer é nosso. – Mina disse para ela e a esposa enquanto apertava a mão da médica que tinha um sorriso simpático no rosto.

— Bom, acredito que vocês já saibam, mesmo assim relembrando o pequeno possui um grau de média funcionalidade de TEA, isso basicamente indica que ele tem uma grande dificuldade de conversar e se comunicar com os outros, além de que ele precisa da ajuda de vocês duas para coisa básicas, como tomar banho, lembrar de comer, entre outra coisas, vocês duas tem alguma dúvida sobre isso? – Bong perguntou voltando a se sentar na sua mesa de frente para as duas.

— Nos duas desde que conhecemos ele, andamos pesquisando bastante sobre o TEA, nessas pesquisas li que com o tratamento o paciente pode reduzir o grau da doença, isso é realmente verdade? – Jeongyeon perguntou olhando diretamente para a médica.

— Sim, com o tratamento a maioria das crianças muda o grau dentro do experto autista, o próprio quando começou o acompanhamento comigo, tinha um grau de baixa funcionalidade e hoje ele tem um de média, acredito sim que até a vida adulta ele passe a ter um grau de alta funcionalidade e possa praticamente viver como uma pessoa não autista. – Bong explicou retribuindo o olhar a coreana e gostando em saber que elas pesquisaram sobre por conta própria.

— Nas nossas pesquisas a gente leu algo a ver com hiperfoco, mas sinceramente não entendi muito o que isso quer dizer. – Mina falou olhando para a médica.

— O hiperfoco é mais comum em crianças com alta funcionalidade ou síndrome de Asperger, mas no caso do Chin ele demostra ter um hiperfoco em no Homem Aranha, ao mesmo tempo que isso pode ser prejudicial também pode ajudar o pequeno e muito mais fácil para ele conversar com alguém quando o assunto é esse, mas ele também pode esquecer de tarefas importantes quando está focado nisso, como higiene pessoa, refeições, a escola entre outras coisas, acredito que com o tempo ele desenvolve outros hiperfoco o que é normal, mas caso venham a perceber isso me falem por favor. – Bong explicou com calma e tentando não deixar dúvidas para elas.