Estrelinha

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O mesmo médico de mais cedo apareceu ali, sua expressão era séria e um pouco nervosa, nenhum médico queria dar a notícia que ele daria.

— Nós fizemos o possível durante a cirurgia, mas ela acabou tendo duas paradas cardiorrespiratórias durante ela e não resistindo, me desculpe por isso, mas nós tentamos de tudo para salvá-la. – Sua fala chocou as três ali, nenhuma delas queria ouvir isso, principalmente Sana e Momo que já deixavam as lágrimas caírem.

— Não, isso não pode ser verdade. – Sana disse sentindo como se seu mundo tivesse se desmoronado por inteiro, ela chegava a respirar com dificuldade por isso.

— Desculpe por dar essa notícia a vocês. – O médico pediu, mas Sana mau ouvia a sua voz, ela só queria que tudo fosse um grande pesadelo.

— Momo, ela está bem? – Ela perguntou olhando para a esposa e vendo que ela também chorava e em resposta a abraçou fazendo um carinho nas costas dela.

As duas não controlavam o choro que era intenso, ambas não sabiam o que fazer agora, não é o sentindo natural da vida uma mãe enterra um filho, mas elas teriam que fazer isso, elas teriam que pelo resto da vida carregar a dor de não ter visto ela crescer, ir para faculdade, ter o primeiro amor na vida, a dor de saber que a vida dela foi, por um acaso do destino, finalizada muito cedo.

— Pensem que agora ela está em um lugar melhor. – Jihyo disse entrando no abraço das duas, ela também chorava em saber disso, sua única afilhada havia partido e nunca mais voltaria, mas ela sabia que a sua dor não se comparava com a delas duas.

— Ela é o meu bebê, o melhor lugar para ela é aqui comigo. – Sana disse inconsolável, ela e nenhum momento achou que poderia sentir uma dor tão grande.

— Eu também a quero aqui. Eu não sei o que fazer agora, com isso. – Momo disse apertando mais o abraço na esposa, o único ponto seguro que ela tem agora.

— Esperem aqui, já volto. – Jihyo disse saindo logo depois.

Ela sabia muito bem que as duas não tinham condições de agora em fazer alguma coisa, então ela foi resolver as coisas em relação ao enterro da pequena, logo sabendo que o corpo dela seria liberado pela manhã pelo hospital, achando melhor fazer o enterro logo pela manhã mesmo e ainda longe delas ligou para avisar aos amigos mais próximos e parentes delas o que havia acontecido.

— Vamos para casa, vocês precisam descansar. – Jihyo disse quando voltou para onde as duas estavam.

— Mas temos que resolver...

— Não precisa eu já resolvi tudo. – Jihyo cortou Momo, não queria que elas se preocupassem com mais nada. – Já até avisei alguns amigos nossos e o seu pai Momo. – Ela disse olhando para as duas que ainda estavam muito abaladas com isso.

— Obrigada Jihyo. – Momo disse se sentindo realmente agradecida por não ter que fazer isso.

— Vem, vou levar vocês para casa. – Jihyo disse e então elas foram para o carro dela que estava estacionado próximo ao hospital.

Sana e Momo foram ao banco de trás do carro enquanto Jihyo ia dirigindo, as duas mães não conseguiam dizer em palavras a dor que estavam sentindo, provavelmente a maior dor que já sentiram na vida, talvez levar um tiro doesse menos do que isso, o pior pesadelo que elas já passarem, ainda pior por ser real.

Jihyo as deixou em casa e foi para a sua, ao entrarem em casa viram Mina e Jeongyeon sentadas no sofá, elas não precisaram dizer nada, as suas expressões foram o suficiente para que elas soubessem o que havia acontecido, as quatros se abraçaram em busca de se confortarem.

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