Première chance

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Quatro, cinco, dez copos. Era tudo oque Eren conseguiu consumir antes que Levi o impedisse o levasse embora. O garoto havia dançado, pintado e bordado depois de uns vinte copos de Bacardi 151. Levi era tolerante a álcool, mas Eren não. Como o mais velho não fazia idéia desse fator, não o interrompeu, até que aquele começasse a se enfiar no meio de outros caras dos outros sofás ao lado. Alfas, com certeza.

— Eren já chega, vem comigo! – Buscava várias formas de obrigar o garoto a ir consigo, mas o mesmo era demasiado teimoso. Um soco foi a única solução para o apagar, e assim lhe tirar daquele ambiente exaustivo.

Ackerman não gostava de lugares como aquele, sua presença ali era nada mais e nada menos que uma propositalmente visita desagradável para Eren.

[•••]

A estrada não foi muito longa já que o endereço ficava próximo dali. Quando chegou, apalpou os bolsos alheios e buscou pela chave do apartamento. Adentrou o local logo em seguida com o outro escorado em seus ombros.

— Francamente garoto! Se você não me ajudar eu não vou conseguir te carregar direito. Para alguém tão magro assim, você é muito pesado. – O repousou em sua cama depois de encontrar finalmente o quarto. — Agora.. – Olhou em volta em busca de um cobertor mas desistiu e tratou de retirar o próprio casaco e forrar por cima de Jaeger.

Ackerman observou ao seu redor com mais atenção. Era uma instalação pequena, sem muito luxo. As paredes eram brancas e o chão forrado por um piso de madeira brilhante. Pelo seu conhecimento, era piso de taco. Um material até bonito por assim dizer. Mas, a desgraça daquele apartamento era a sujeira.

— Fala sério! – Exclamou incrédulo ao deslizar o dedo pelo móvel ao lado da cama. Não parou apenas naquilo. Haviam pratos sobre a pia e roupas espalhadas pela casa. — Esse garoto não limpa a casa não?!

E a mania de limpeza se iniciou. Levi começou da pequena sala ligada com a cozinha, depois a própria cozinha, os quartos e a bancada. Não poderia simplesmente ir embora abandonando toda aquela sujeira para trás. Garoto bagunceiro‐pensava ele enquanto limpava. Quando finalmente deu seu trabalho por terminado, Jaeger já estava despertando em meio a uma série de reclamações de dor de cabeça e tudo o mais. Ao lado, havia um copo de água junto a um comprimido solitário. Pensou ter sido Mikasa que deixou ali imaginando que acordaria com enxaqueca, então apenas engoliu o remédio. Em seu colo, uma peça de roupa desconhecida, mas que lhe chamava uma grande atenção pelo cheiro que estava impregnado ali.

— Isso é da Mikasa?! – Sussurrava para si mesmo. Involuntariamente, apanhou a peça e sentiu o aroma mais de perto. Céus, aquele cheiro era bom. Para Eren, aquele cheiro era semelhante ao cheiro que uma criança sentia ao comprar um brinquedo novo com cheirinho de fruta. Era muito bom.

— Finalmente acordou pirralho. – Levi arrumava a própria manga da blusa amarrotada.

Eren saltou com o susto repentino. Seus olhos esverdeados estavam arregalados ao presenciar Ackerman na porta de seu quarto com uma expressão exausta.

— Como é que você entrou aqui? – Questionava ainda surpreso.

— O quê?! Você acorda com alguém como eu dentro da sua casa e a primeira coisa que pergunta é isso? Não se lembra de nada não, garoto?

— Me lembrar? Do que? – Óh sim, ele havia perdido o controle e se alcoolizado na boate. No entanto, seu raciocínio estava lento demais para lembrar dos detalhes. — Só me lembro de ter bebido demais.

When The Mask Falls Off (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora