When The Mask Falls Off (CONCLUÍDO)

Amour et la haine

Ackerman se movimentava na cama tendo seus olhos atingidos pelos raios solares que invadiam as persianas claras daquele quarto. Seu corpo ainda estava mole e se encontrava ainda sonolento. Tentava se acomodar na cama para voltar a dormir, mas a claridade não lhe permitia. Sua única opção foi erguer o corpo e se sentar sobre a cama para despertar por completo. No entanto, um pequeno corpo ao seu lado também se movia emitindo algumas reclamações inaudiveis. Só quando piscou algumas vezes e seus olhos se acostumaram com a claridade do quarto, pôde avistar Eren ainda deitado, preguiçosamente. O garoto parecia bem cômodo, exceto pelos raios solares, que também lhe eram um incômodo.

— Quem acendeu as luzes? Ainda está cedo.. – O acastanhado bocejou trazendo o cobertor para cima de sua cabeça. Levi achou aquilo adorável, mas não se atrevia a dizer aquilo em voz alta.

— Bom dia cinderela! – O mais velho sorria ladino, acomodando-se na cama. Ainda estava irritado com a claridade, a maldita claridade que lhe tirou de um cômodo aconchego ao lado daquele garoto.

Jaeger finalmente retirará o cobertor de sua cabeça, revelando pequenos fios castanhos espantados com o ato. Ackerman somente assumia uma cara emburrada, daquelas matinais de quem odeia acordar cedo; e se livrou dos fios negros que caiam por sua cara. Eren pareceu ter prestado atenção naquele ato, tanto que não conteu a risada e entregou o fato de que achou engraçado a careta do homem. O mesmo juntou as sobrancelhas em um gesto duvidoso.

— Do que está rindo pirralho?

— Sua cara.. foi muito engraçada. – Limpava as pequenas gotículas de lágrimas que escaparam de seus olhos durante a risada.

Levi não disse nada, parecia um velhote quando não entendia uma piada. Mas não se importou muito com isso. Se levantou e buscou por seu celular. No momento em que olhou a tela do aparelho, arregalou os olhos e jogou o aparelho na cama, saltando do móvel e correndo até o banheiro. Balbuciava repetidamente a palavra "droga". Aquela era a sua primeira reunião em Boston e já estava atrasado. Sabia que o chefe da empresa lhe mataria assim que pisasse naquela sala de reuniões, e não na hora marcada.

— Ora.. – Eren se sentou na cama pensativo. Não soubera se havia dito algo que não devia, mas quando finalmente compreendeu a situação, fez questão de aguardar seu chefe na porta do banheiro. Encostou-se no batente da porta com um sorriso convencido nos lábios. Quando o homem saiu, soltou um riso anasalado denunciando sua presença. — Está atrasado? Que coisa feia. Seu chefe não vai gostar nem um pouco disso.

— Calado! Você não deveria estar se trocando? Daqui a meia hora você está encarregado de organizar meus manuscritos. Três caixas está bom pra você??

— Não senhor! Já calei senhor! Com licença senhor! – Se apressou em adentrar o banheiro antes que o homem levasse aquilo a sério e lhe fizesse organizar três ou mais caixas.

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Como o esperado, forá recebido por uma sala repleta de caras fechadas. Os homens engravatados naquela mesa, aguardavam inquietos pela presença de Ackerman.

— Peço perdão pela demora. Por favor, iniciem a reunião! – Acomodou-se na cadeira trazendo para junto de si algumas pautas que seriam discutidas durante a reunião.

Enquanto isso, no quarto de hotel, o ômega fazia seu trabalho cantarolando alguns pedaços de músicas que vinham em sua cabeça. Eren tinha que admitir que aquele trabalho não era pesado. Organizar papéis e servir de secretário nas horas vagas não era tão ruim. Admirava como Ackerman era focado em seu trabalho. Às vezes parecia que o homem não gostava muito do que fazia, mas, também havia outras que demonstrava amar sua profissão. Ele era reservado, não comentava sobre si muito menos falava sobre seu trabalho, apenas que Eren tinha de ser cuidadoso ao lidar com aqueles rascunhos. Pela camada da folha, o garoto conseguia ver como ele se focou naqueles manuscritos. Os escritos com lápis, haviam inúmeras manchas, o que revelava o quanto ele mudou de idéia enquanto escrevia. Uma letra substituindo a outra e por aí vai.