When The Mask Falls Off (CONCLUÍDO)

Crystal aime

    Eren descia do carro se preparando para os questionamentos de Arlert, mas sobre tudo, esperava poder passar a noite inteira jogando com o loiro. Não poderia descrever a falta que sentiu dele, de Sasha e por incrível que pareça, de Mikasa também. Seu chefe, Ackerman, havia ficado o percurso inteiro calado. Depois do incidente da noite passada no hotel, Levi estava agindo friamente. Seus diálogos eram curtos, e sempre quando tentava puxar algum assunto, o homem respondia com poucas palavras. Não sabia o motivo dele estar tão indiferente, talvez seja pelo pequeno incidente? Não saberia, porque nem mesmo ele tinha coragem de entrar em detalhes com relação a esse assunto. Todavia, o homem se ofereceu para o levar até a casa de Armin, afinal, era o mínimo que ele poderia fazer por ele, segundo Ackerman.
Quando o rapaz finalmente tentou fechar a porta do grande carro preto, os dedos de seu chefe alcançaram sua mão, o impedindo de sair.

— O seu casaco! Está frio, você pode adoecer. – O baixinho o entregou a vestimenta, voltando a se ajustar em seu lado do assento.

Eren pareceu viajar um pouco antes de apanhar aquele casaco. Ficou surpreso com o toque repentino, mas forçou um sorriso nervoso ao se dar conta que havia ficado envergonhado por lembrar daquela noite.

— Ok, obrigado. Até depois, senhor Rivaille! – E o viu partir, ainda parado na varanda do amigo. Ainda estava com as bochechas quentes, contra o ar gelado daquela noite de ventos uivantes.

   O acastanhado adentrou a casa, que para sua surpresa, estava com a porta destrancada. Mas, a visão que tiverá lhe irritou no momento em que colocou os pés no tatame. Connie disputava com Sasha uma partida de videogame, mas Jean perturbava Armin que tentava ler no sofá. Quando o rapaz notou sua silenciosa entrada, rapidamente se dispôs a levantar e lançar um sorriso irritante.

— Meu pequeno Eren! Finalmente chegou? Olha, são exatas onze horas e meia. Achamos que não viria mais?! – Jean tentava manter um tom debochado em sua voz. Era proposital.

— O quê diabos você está fazendo aqui? Não era para estar no meu apartamento junto com a Mikasa? – Arlet tomava a mala de sua mão e a colocava em um canto da sala.

— Sobre isso.. digamos que a Mikasinha tinha que trabalhar até tarde e Connie e eu achamos melhor vir para a casa do Arlet. Era a mais perto do aeroporto.

— Não se preocupe, Eren! O Jean não está me irritando ou dando trabalho. Ele até me ajudou com o jantar. – O loirinho abraçava o acastanhado, sorrindo gentilmente ao recebe-lo. — Bem vindo de volta!

Eren não havia dito nada, mas ainda estava irritado com a presença do mais alto ali. Ele não se importava com a presença de Connie, muito pelo contrário. Connie sempre foi um garoto muito gentil e divertido, mas Jean tinha um histórico e tanto com o ômega.

— Estou de volta! – Sorria para Arlert correspondendo ao abraço receptivo.

— Isso é tão lindo, acho que caiu um cisco no meu olho. – Kirstein fingia limpar lágrimas enquanto fazia uma daquelas suas atuações. — O meu abraço agora!!

— Pra você não tem abraço. – Jaeger passou reto pelo garoto, seguindo diretamente para Connie e Sasha.

— Poxa Eren, magoou. – Fungava mantendo a atuação, mas dava um espaço para o verdadeiro ele, sorrindo ao ver que o garoto estava bem.

   Kirstein tinha uma personalidade horrível por assim dizer. Quando mais novo, foi obrigado pelas tias a estudar igual louco. Não tinha tempo para a infância. As mulheres sempre lhe disseram que para que se tornasse o próximo CEO da empresa, tinha que dar duro nos estudos. Sua vida era estudar, sequer tinha tempo para ir ao parquinho com outras crianças, brincar com uma ou até mesmo se dar o luxo de ter brinquedos. Não era por falta dinheiro, mas suas tias diziam que brinquedos era uma perda de tempo, e que aquilo não era coisa que um futuro CEO deveria ter. Quando convenceu as tias a ter aulas em um colégio de verdade, e não em casa, conheceu Eren. Pela primeira vez houverá feito um amigo e Eren foi quem lhe ensinou o verdadeiro significado de diversão.