Un joueur de plus

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   Não é como se fosse a primeira vez, mas, realmente a cada minuto que passava, se tornava mais difícil conter o medo em seu corpo. Os dedos finos e longos, gélidos. Suas belas íris verdes como esmeralda estavam fixas ao pequeno ponto na leteral do ascento antes de partir. Estava pálido, e extremamente agoniado. Aquele medo jamais foi embora, não é?! Cada músculo reclamava e estremecia. As pequenas gotículas de lágrima se formavam, não piscava. Seus pensamentos estavam voando entre as memórias do passado. O galho traiçoeiro que se partia, era como se ainda estivesse nele, e não vinha ninguém ao seu socorro.

   O garoto sentado no banco do jato, lutava contra os próprios medos. Como poderia deixar de sentir aquele frio horrível no pé da barriga? Era terrivelmente agonizante. Eren temia o balançar do jato. Apertava todos os dedos em meio à uma concha de mãos. Puxava uma boa quantidade de ar para seus pulmões antes de fechar os olhos e se acalmar. A morena ao seu lado, observava o irmão lutar contra o próprio medo da altura. A batalha em seu interior era longa, sem tempo previsto para acabar.

   O alfa tinha em suas mãos um jornal recente, cujo tentava ler mesmo com o balançar do jato. Seus olhos acinzentados recaiam sobre os ombros daquele ômega, tentando entender como o silêncio havia durado tanto tempo. Foi ali que percebeu o que acontecia. Apenas uma troca de olhares com a irmã mais velha foi o suficiente para entender que, pedia por uma troca de lugares. Guardou a folha cheia de notícias e se acomodou no banco ao lado daquele corpo de mente vaga.

— Tendem a dizer, que compartilhar das emoções ajuda a tranquilizar a mente e o corpo. – A voz calma porém encrementada por seriedade invadirá os canais auditivos alheios. Os olhos esverdeados que estavam cerrados, alcançavam a figura protetora ao lado. — Então, Eren. Qual o demônio com quem está lutando agora mesmo?

   O silêncio estava ali de novo quando a voz se calou. Lá no fundo, queria fazer daquilo um ótimo momento para uma troca de segredos, mas, ainda assim estava incerto.

— Perdão? – Pigarreou tentando parecer e soar normalmente. Sua postura rapidamente era ajustada. A coluna que até antes reclamava, agora estava aliviada. — Eu estou muito bem, vê? Estou até ansioso para a chegada. – Sorria forçadamente na busca dos apoiadores do ascento ao o jato balançar levemente.

— Você está pálido, não diz nada desde quando entramos no jato e se manteve de olhos fechados até agora. Quando pretendia dizer que não estava se sentindo confortável com o vôo?

— Mas isso não é verdade. Eu realmente estou bem, sem nenhum medo, ou pressão... sabe?! Muito, muito bem. – O sorriso falso estava na carne rosada outra vez.

— Conte-me outra e talvez eu acredite. – Suspirou observando com atenção as pontas esbranquiçadas dos dedos que se agarravam com força contra aquele material.

   Tocou-lhe as pontas sentindo o gelo daqueles dedos. O corpo que estremecia em outrora parecia mais confortável ao sentir um outro calor sendo passado para si por meio de um pequeno toque. Ackerman buscava aquecer os dedos do Jaeger ao mesmo tempo em que tentava tranquilizar aquela ansiedade excessiva.

— Sabe, Eren. Às vezes eu quero saber mais sobre seu passado, mas sinto que você insistentemente nega esse meu acesso em suas memórias.

— Não, eu não o faço. De modo algum se trata disso. Eu tenho frequentemente falado sobre mim.

— O "mim" geralmente é sobre o quão você odeia café, sua grande vontade de pintar um quadro ou seus preciosos ideais. Agora, falando realmente sério, quem se mantém tão firme em ideais que nem mesmo sabe se os realizará?

— Não precisa zombar dos meus ideais. – Dramatizou, no entanto, tinha um sigiloso sorriso nos lábios.

— É divertido. – O homem vestiu um sorriso divertido nos lábios. Levi era rígido, mas toda vez que Eren estava junto a ele sentia que podia relaxar.

When The Mask Falls Off (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora