Tu es le salut

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Flashbacks On|Noite de 1862.

— Levi, me espera! O quê você tinha hoje? Você não falou com ninguém e me ignorou o dia todo. – O jovem perseguia a figura do garoto a sua frente, tentando alcança-lo.

— Se uma pessoa te ignora, quer dizer que ela não quer sua companhia, não quer conversar e não quer que se dirijam a ela. Você deveria saber ao menos disso. – Apressava seus passos para fora da instituição.

— Mas você não costuma ser assim. O que houve com você hoje? Somos amigos, você sabe que pode me contar qualquer coisa.

— Não, nós não somos amigos e eu preciso ir para casa. – Ackerman não estava consciente. Sua cabeça doia e seu corpo estava demasiado quente. Apenas o que sabia era que tinha que sair dali, o mais rápido possível, antes que acontecesse uma coisa da qual ele não poderia se responsabilizar depois.

Já fazia um tempo em que não ouvia a voz de Haru. Talvez o garoto tenha mesmo o deixado em paz? Bom, seria bom demais para ser verdade.

— Espera um pouco.. – O de madeixas carameladas corria até o alfa, parando em sua frente. — Você nunca diria isso. Eu sei que você está com algum problema e eu não vou te deixar ir até que você me conte. O que houve em Levi?

— Eu já disse que não aconteceu nada. Você quer me deixar passar? Está atrapalhando meu caminho. Eu não preciso da sua ajuda! Por favor saia, Haru.

— De jeito nenhum!

— Estou falando sério.

— Eu já disse que não! – Persistia o garoto, firmando os pés na frente do Ackerman. A chuva densa começou a cair acompanhada de trovões altos e irritantes. Levi que até pouco tempo tinha uma expressão seria no rosto, estava pálido e ofegante.

O garoto tentou se apoiar na quina da porta da escola, enquanto os outros alunos sumiam rua a fora. Uns pegavam o ônibus, e outros seguiam de a pé para suas casas, com os redondos e coloridos guarda-chuvas acima de suas cabeças.

— Haruko, eu preciso.. que você vá embora. Não é bom que vo-cê fique ao meu lado nesse momento.

— Em? – O menor se virou para Ackerman novamente, tratando de rapidamente o segurar quando aquele deu de cambalear. — Hey, hey Levi! Você não pode ir embora assim, o que há com você? Você não está bem. Vem, eu vou te levar até a enfermaria.

— Não!! Eu tô pedindo pra você sair de perto de mim, por... favor? – O alfa pediu ainda ofegante. Sua mão direita começava a buscar os botões de seu uniforme escolar. Estava calor, seu corpo queimava.

— Eu já disse que não vou embora, cala a porra da boca e me deixa te levar até a enfermaria.

— Não! Vai pra casa. Eu preciso.. – Levi se desvencilhou do corpo alheio e começou a entrar para dentro da escola. Andava pela entrada se apoiando nos armários, e tentava se locomover mais rápido para longe do garoto. — Porcaria de cio!! – Sussurrava.

Adentrou ele o quarto do zelador e agradeceu aos céus por aquele ter ficado doente e tirado uma semana de folga. No pequeno cômodo havia uma cama solitária, uma pequena geladeira, um sofá com uma pequena televisão logo a frente, e no canto do cômodo, um pequeno guarda-roupa. Senhor Yoshiaki costumava usar aquele pequeno quarto para seus intervalos de descanso da limpeza. Levi se sentou na beirada da cama e seus dedos trêmulos e atrapalhados tentavam desabotoar aquela vestimenta escolar. Amaldiçoava a peça de tantas formas que nem sabia mais que tipo de palavreado dizia mentalmente.

When The Mask Falls Off (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora