Capítulo 35

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Estamos colados na água e não tenho intenção de deixa- lá ir, precisamos conversar seriamente e tenho medo de Karol me deixar, eu não posso permitir.
- Eu... Eu preciso te dizer uma coisa.
Sua voz sai baixa e fraca.
- Eu não aceito. Falo e ela afasta a cabeça para me olhar franzindo o cenho.
- Você quer ir embora, e eu não vou deixar. Ela sorrir fraco mais é um sorriso, então se afasta de mim e sai da água, eu faço o mesmo e Karol já está se vestindo.
Depois de vestidos ela me encara.

- Você quer ter filhos? Pergunta e fico surpreso.
- Digo mais filhos?
- Eu quero ter filhos com você. Sou direto.
- E se eu não puder lhe dar.
- Você não pode ou não quer? Pergunto sendo direto de novo. Ela faz uma cara de tristeza e o que vejo em seus olhos me cortam o coração.
- Amor o que houve?
- Eu não posso te dar filhos Rugge, não posso. Ela chora.
- Como? Ela engole o choro e tenta se controlar.
- Eu...eu fiz um aborto quando era muito nova e com ele tive complicações e não posso engravidar, eu não posso....
Ela chora e eu estou ainda em Karol fez um aborto... Como assim?
- Você fez um aborto? Vinha voz sai mais fria do que eu pretendia. Ela chora e balança a cabeça afirmando, não consigo raciocinar perto dela, eu sei cada um faz o que quer com seu próprio corpo e não julgo, mais é sempre um ser indefeso. Viro de costas levo minhas mãos a cabeça tentando entender o que a levou fazer tal ato.
- Porque você fez?
- O que? Ela arregala os olhos.
- Foi por conta da sua carreira não foi?
Ela chora mais ainda e não consigo falar mais nada, só viro de costas e saiu dali, minha cabeça está a mil, estou tentando entender ainda, não quero julga-la ela teve seus motivos eu só preciso de um tempo para colocar a cabeça no lugar.

Entro em casa e vou direto para o escritório, abro a garrafa de whisky e bebo no gargalo, a porta se abre e um Mike enfurecido passa por ela batendo com força.
- Fechou? Pergunto.
- Sim mas minha mão também vai fechar na sua cara seu idiota, como você deixou ela lá na cachoeira sozinha e não ouviu o que ela tinha pra dizer.
- Eu ouvi Mike, Karol fez um aborto no passado e hoje não podemos ter um filho.
- Caralho você é muito babaca mesmo, Karol escondeu a gravidez até o quarto mês porque ela queria o bebê seu imbecil, ela tinha dezessete anos sabe o que isso na cabeça de uma garota, a mãe dela descobriu e a obrigou a fazer o aborto por isso as complicações, vê se acorda. Ele grita e me sinto mal, corro para a porta.
- Ela está no quarto.

Não fico para agradecer porque sou um imbecil mesmo corro as escadas e entro no quarto o barulho de chuveiro me confirma que ela está ali, fecho a porta e entro no banheiro, Karol está dentro do box sentada de roupa e tudo com a água caindo sob sua cabeça abraçando as pernas, apenas pego uma toalha e abro o box desligo o chuveiro e ela não levanta a cabeça parece em choque.
A pego em meus braços colocando-a sentada na pia tiro sua roupa molhada e ponho o roupão, pegando ela no colo com cuidado, me sento na poltrona de frente para a janela com ela no meu colo, abraço sua cintura e ela encosta a cabeça no meu peito lágrimas inundam meus olhos ao tentar imaginar tudo que ela passou sozinha.
Beijo sua testa.
- Me perdoa meu amor por ter sido um babaca com você, me perdoa por não te escutar, me perdoa por ter te ferido, Karol me perdoa, nada mais me importa só você amor, só você.
Sem perceber estou chorando com o medo assustador de perde-la por ser tão idiota.
Karol parece acordar do transe que estava e levanta a cabeça me encarando segura meu rosto com as duas mãos e beija meus lábios então volta a se aconchegar em mim me abraçando forte.
E não preciso de mais nada, pego Karol em meus braços e a levo para cama, tiro minha roupa que ainda está úmida, visto uma cueca limpa e me deito ao seu lado trazendo seu corpo para o meu, não vou esperar para ter Karol inteiramente só para mim.

Na manhã seguinte sinto seus braços apertarem os meus, ela dar uma rebola no meu pau é o suficiente para que eu acorde porque meu amigo lá embaixo já está acordado a muito tempo.
Karol rebola de novo e acabo gemendo.
- Se continuar assim vou passar vergonha gozando nas calças, ela rir, é o som mais lindo que já ouvi a viro para mim deitando sobre ela e beijo seus lábios, ela puxa minha cueca para baixo e enrosca as pernas na minha cintura me puxando até está dentro dela e que delícia.
- Adoro sexo pela manhã, e não via a hora de você acordar. Ela diz.
- Eu adoro você assim faminta.
Então ela me beija e nos perdemos um no outro me dando mais força e coragem para o que quero fazer.

Depois de mais duas rodadas de sexo com minha gostosa, tomamos banho juntos e nos vestimos, nos sentamos e Karol me conta tudo sobre como foi sua adolescência, o namorado do curso de dança e a gravidez, como ela se livrou da mãe maluca e refez sua vida e só tenho orgulho da minha mulher, prometi que não vou fazer nada de cabeça quente, sempre vou parar e ouvir o que ela tem a dizer até o final.

Quando descemos tomamos café e Karol  conta do seu projeto com Valentina, que querem abrir uma agência de modelos e dança aqui mesmo.
- E vocês já viram um local?
- Sim fiquei encantada por um monumento antigo que está fechado.
- Acho que sei do qual está falando. Fala Lina.
- Mais não consegui falar com o dono ainda.. Peço um minuto e pego meu telefone.
- Bom dia moleque. Ele rir.
- Sebas sabe aquele monumento da praça central que está fechado.
- Sim o prédio grande...
- Hum entendi, então é do prefeito.
- Consegue um hora com ele para mim queremos compra-lo.
- Rugge... Beijo sua mão.
- Ótimo obrigado irmão deixo com você.
- Pronto até o final da tarde teremos seu local.
- Aí amor obrigado eu...
- Se puder ajudar em mais alguma coisa me fale estou aqui e vou ajudar.
- Nós também. Lina fala e segura na mão de  Mike.
- Obrigado gente de verdade eu vou precisar.

Beijos seus lábios e vou até a cozinha peço a Verinha que prepare um jantar especial para a família e mais duas pessoas, mando mensagem para Valentina e peço que chame Simon.
Saimos nós quatro até a cidade, deixamos Karol e Lina fazendo compras para o mais novo bebê da família.
- Preciso da sua ajuda. Falo a Mike e ele me encara curioso.
- Com o que?
- Com isso. Aponto para a loja a nossa frente e ele sorrir, entramos e depois de ver vários escolho o ideal que combina perfeitamente com ela.

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