Acabo de desembarcar em Belo Horizonte, é eu não esperei e a essa altura posso admitir pra quem quiser ouvir eu amo esse homem e se ele precisa de mim eu vou até o inferno pra tirar ele de lá, acabei implorando para a revista antecipar minhas fotos, assinei tudo que tinha que assinar e deixei Simon e Valentina com todas as coisas pendentes para resolver, e antecipei minha viajem, só tive tempo de tirar um cochilo no vôo e agora estou indo direto para a fazenda.
Assim que o táxi estaciona seu João corre para me abraçar.
- Que saudade menina Karol.
- Eu também seu João, estão todos na cama ainda?
- Não vi nenhum deles hoje, pode entrar que levo sua bagagem.
- Obrigado. Não espero a resposta corro pra casa e subo direto encontrando Mike no corredor que fica espantado comigo ali.
- Ué você mandou eu me apressar, estou aqui não vai me dar um abraço?
- Sua maluca você veio, você veio mesmo. Então me abraça me girando no ar.
- Claro que eu vim, vocês precisavam de mim, ele está no quarto?
- Sim, dormiu a noite inteira ainda bem. Assim que abrimos a porta a cama está bagunçada mas nem sinal de Ruggero.
- Rugge. Mike chama e entra no banheiro.
- Pra onde ele foi? Então Verinha entra no quarto.
- Karol , meu Deus você voltou minha menina.
- Sim Verinha estou de volta. Abraço ela.
- Aí já estava esquecendo o Lucas ligou disse quem levou o Ruggero no cemiterio mas ele pediu para deixá-lo lá, Lucas insistiu, mas não quis voltar com ele.
- Droga o que ele pensa que está fazendo? Fala Mike.
- Acertando as contas. Falo
- O que você sabe sobre isso?
- Quase tudo, a propósito nunca me falou que Ruggero perdeu os amigos naquele acidente. Mike dar de ombros.
- Onde fica esse cemitério gente, vou até lá.
- Menina é perigoso, está chovendo.
- Pede para o seu João arrumar meu cavalo.
- Não Karol eu vou, ele vai me ouvir e voltar pra casa.
- Não Mike, você tem a Lina para se preocupar agora. Ele franze a testa em confusão e Lina aparece com cara de sono e pálida com certeza são sintomas da gravidez.
- Oi cunhada. Ela arregala os olhos.
- Então está na hora. Ela me encara.
- Agora é a hora. Ela entende e assenti.
- Mike vem comigo amor preciso te contar uma coisa. Sorrio.
- Vou trocar os sapatos. Corro no quarto e pego as botas, e coloco um casaco, já desço correndo e pego atrás da porta um casaco para Ruggero, encontro seu João segurando o cavalo para mim.
- Menina é perigoso.
- Seu João me diz só para onde fica, que eu chegarei lá. Ele me explica e não fica muito distante.
Com um pouco de dificuldade até para enxergar mas consigo chegar, desço e pego as rédeas, amarro o cavalo em um gancho que encontro e corro para dentro daquele lugar que é enorme por sinal e chamo pelo seu nome.
- Ruggerooo. Grito.
- Ruggero, onde você está? Grito mais uma vez, até que vejo uma silhueta um pouco mais afastado sentado na frente de uma mausoléu.
- Rugge.... Grito novamente mais ele parece em transe e se quer me ouvi.
- Ruggeroooo. Grito mais forte já com lágrimas escorrendo pela minha face.
Então ele se vira mas parece não acreditar, então se levanta.
- Ka-Karol...
- Karol é você.
O meu Deus meu coração se aperta ao olhar para sua expressão tão dolorida, faço quem sim sem consegui conter as lágrimas e corro ao seu encontro e ele vem ao meu e nos abraçamos, me afasto um pouco e seguro seu rosto beijo seus lábios.
- Eu senti tanto sua falta. Ele diz
- Eu estou aqui agora meu amor, vou cuidar de você. Ele sorrir e finalmente me beija tão intensamente, entregando tudo aquilo que está sentindo.
- Vem comigo vem, vamos pra casa.
- Eu só queria uma resposta, porque? Porque ele fez isso comigo, porque não me contou, eu teria deixado o caminho livre para eles, mas não ele fez nas minhas costas Karol, nas minhas costas, e todos esses anos eu me castiguei, eu não queria fazer a porra da cirugia porque achava injusto ter sobrevivido e eles não, daria minha vida para ter meus amigos de volta e agora eu descubro que fui enganado esse tempo todo.
- Eu sei meu amor, eu sei, e não posso te dizer que vai passar porque vai doer ainda por muito tempo, mas posso te prometer uma coisa. Ele fica em silêncio me encarando esperando eu concluir
- Que eu vou ficar aqui, do seu lado segurando sua mão e vou te abraçar quando a dor for insuportável, e vou cuidar de você, isso é se permitir que faça parte da sua vida.
Ele acaricia minha bochecha.
- Se eu permito, agora que você já invadiu e tomou conta de todo meu ser, Karol não sei mais onde eu começo e onde você termina em mim, eu amo você sua diaba, sou louco por você desde o primeiro dia, ainda sentado naquela cadeira, só não tinha me dado conta, eu quero você Karol Sevilla, quero muito.
- Ótimo porque estou de volta e não vou a lugar nenhum menino mal.
Então nos beijamos novamente selando nosso momento único.
Pego o casaco que estava amarrado na minha cintura e faço ele vestir.
Caminhamos abraçados e quando ele ver o cavalo fecha a cara.
- Você veio até aqui a cavalo?
- Sim.
- Karol é perigoso você poderia ter se machucado.
- Eu não deixaria você embaixo dessa chuva Rugge, quando eu cheguei e não vi você naquele quarto entrei em desespero e ninguém iria me impedir de vir até aqui.
- Claro que não, quem é o louco.
- Ainda bem que você sabe, então vamos pra casa precisamos tirar essas roupas molhadas e nos enfiar embaixo das cobertas.
- Gostei da parte de tirar a roupa e ficar embaixo das cobertas.
- Claro que gostou eu vou esta sentada em você em dois tempos tirando todo meu atraso. Ele me agarra e beija minha boca com fome.
- Não me fale essas coisas, ou vou foder você aqui mesmo e digamos que esse não é um lugar apropriado.
- Porque não, eles vão guardar segredo.
- Vamos embora mulher.
Acabo rindo e ele me ajuda a subir no cavalo e sobe logo atrás de mim, envolve seus braços na minha cintura e descansa a cabeça na curva do meu pescoço.
- Nem acredito que você está aqui.
- Nem eu, mas conseguir voltar, voltar pra você. Ele aperta minha cintura e beija meu pescoço.

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É Você.
Hombres LoboSerá que eles vão conseguir superar as dores, e em meio a tantas desavenças poderá nascer o amor.