Parte 27

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No início eu neguei, não quis de jeito algum admitir que Karol mexia comigo, mas agora, sei que estou sendo um boiolinha mas não consigo parar de sorrir feito um idiota, ela veio, eu não tive medo de dizer que estava precisando dela e ela veio, e não sei, mas acho que a amo mais ainda por isso.
Depois que ela foi me buscar no cemitério da cidade, tomamos um banho quente juntos e claro possuindo um o corpo do outro e caralho estou ainda mais viciado, sei que ainda temos que conversar, ela tem uma vida muito agitada e não quero atrapalhar sei o quanto lutou por isso.
Estou sentado na beirada da cama com uma calça moletom esperando ela sair do banheiro.
- Que carinha é essa? Pergunta.
- Estou pensando... Confesso
- Posso participar? Ela sorrir e senta no meu colo com as pernas envolta da minha cintura, beija meus lábios com carinho.
- Em você. Respondo e ela me encara curiosa.
- Você não tem que voltar?
- Não. Responde e encosta a testa na minha.
- Desde o dia em que te deixei nessa cama, deixei um pedaço meu aqui, o engraçado foi chegar em casa e não me sentir em casa, foi achar que a única coisa que me fazia feliz não tinha mais sentido, eu trabalhei muito todo esse tempo.
- Eu sei quase não conseguimos nos falar. Ela assente.
- Porque adiantei todos os meus contratos, tudo que eu tinha assinado, para poder voltar correndo, fazia ensaios de horas e sessões fotográficas uma em cima da outra, desfiles perdi as contas.
- Karol você poderia ter ficado doente assim, ninguém trabalha desse jeito.
- Eu sei...mas eu tinha medo. Ela sussurra.
- Medo de que? Acaricio sua bochecha.
- De ser tarde demais, de você ter seguido sua vida sem que eu pudesse dizer o que sentia. Sorrio e beijo seus lábios.
- Não seria nunca tarde demais, pois eu estaria aqui te esperando.
- Rugge eu nunca senti nada parecido por ninguém, não sei lidar com isso que sinto e parece que vai me sufocar então tenha paciência comigo.
- Se você tiver comigo, acho que não vamos ter problemas.
- E Candelária?
- O que tem ela?
- Ainda sente algo por ela, sei o que ela fez com você?
- Primeiro não sinto nada por Candelária, fiquei puto quando soube o que ela fez junto com o Jorge, mas não por ama-la, não chegava a isso, e sim pela traição em si, fiquei magoado ele era um irmão pra mim, contávamos tudo um para o outro, mais pelo visto só eu contava, mas tudo bem, e como ficou sabendo o que ela fez?
- As garotas me contaram, naquele dia no bar.
- Espere você sabia que ela me traia e não me disse nada? Pergunto já tenso.
- Não, tinha uma desconfiança, quando elas me disseram quem era, a Carol e a Delfi entraram em uma discussão sobre quem era o namorado mas não entendi direito porque queria arrancar a cabeça dela por esta passando a mão em você.
Sorrio.
- Foi por isso que veio me resgatar minha noiva selvagem.
Karol revira os olhos e acaba rindo.
- A cara que ela fez foi demais.
Acabo rindo junto e batem na porta do quarto mas antes mesmo de falar um entre a porta se abre e Mike e Carolina colocam a cara ali.
Mike tapa os olhos e Carolina rir.
- Ah pare com isso. Ela reclama.
- Uma coisa é saber que eles estão juntos outra é ver isso, é nojento ela minha irmã.
- E eu sou seu irmão. Digo.
- Mas você é normal é homem tem que comer mesmo.
- Mike... Carolina o repreende ficando vermelha.
- Iih Carol acostuma, esses dois aqui não tem meio termos. Falo e Karol me belisca.
- Que comentário machista irmão, eu heim, perdi minha virgindade com catorze anos não sou a vigem Maria minha vagina sabe trabalhar e seu irmão é uma delícia conhece ela muito bem.
- Credo, informações demais. Fala fazendo careta.
- Karol você também. Carolina reclama e estou sem ar de tanto rir.
- Bem é bom ver que estão bem e que Ruggero está a salvo e não fazendo besteira. Levanto o dedo do meio pra ele que rir.
- Temos uma novidade para contar. Olho curioso para Mike depois para Lina que está torcendo a barra da camiseta.
- A família vai aumentar. Mike fala com um sorriso de orelha a orelha e meus olhos se arregalam.
- Mike vai ser pai? Pergunto não acreditando.
- Sim porra vou ser pai, da pra acreditar?
- E eu vou ser titia, estou tão feliz. Karol fala e abraça Lina.
- Na verdade queríamos convidar vocês para serem os padrinhos e então aceitam? Lina pergunta.
- Com todo o prazer é claro que aceito. Falo e Karol sorrir.
- Vamos mimar muito esse bebê. Ela diz.
- Falando em bebê, como ficou a situação do Yago? Mike pergunta e encaro apontando para Karol.
- Quem é Yago? Ela pergunta.
- Meu filho. Respondo.
- Ou era. Ela estreita os olhos para mim.
- Que história é essa, pode ir contando Pasquarelli.
- A Candelária me procurou a alguns meses e disse que tínhamos um filho, mas ontem quando descobrir que ela e Jorge... Bem acho que ele não é meu.
Duas batidas na porta e Verinha põe a cabeça ali.
- Desculpe incomodar a festança mas a Candelária está lá embaixo e quer falar com o Ruggero.
- Falando no diabo. Karol resmunga.
- Ok, eu não tenho o menor interesse em conversar com ela, mas preciso resolver isso o mais rápido possível.
- Fora que nos apegamos ao moleque. Fala Mike.
- Pois ele é uma criança incrível. Me pego dizendo e Karol me encara mais seu olhar é estranho até triste.
- Vou ver o que ela quer. Beijo a testa de Karol e desço.

- Candelária o que faz aqui? Falo assim que a encontro.
- Nós precisamos conversar Ruggero.
- Agora você quer conversar?
- Ruggero meus pais não podem descobrir que eu e o Jorge tivemos um caso, minha família nunca permitiria...
- Tudo para vocês envolve dinheiro, eu deveria saber.
- Mas o Yago é seu filho eu juro que é, se você me desse uma chance Ruggero poderíamos ser felizes juntos.
- Nós já falamos sobre isso. Respondo.
- Sempre ela não é, ela te deixou Ruggero não vai voltar, vai fazer o que aqui com a vida que ela tem.

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