Parte 5

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- Ei pirralho... Falo quando encontro Mike na academia junto com Agus.

Faço um toque com ele.

- Tá focado em Rugge? Agus fala.

- Não quero o general Delfina no meu pé.

- Então que tal irmos no bar da Júlia mais tarde? Pergunta.

- Não sei, a Karol está aqui, vou ver se ela quer dar uma saída e te falo. Responde Mike.

- Eu passo.

- Ah qual é Ruggero, você precisa sair, ver coisas novas, quem sabe pegar mulher pra variar. Reviro os olhos.

- Estou bem assim.

- Não está não, seu humor está péssimo irmão, e homem mau humorado é falta de sexo e você está em falta, então precisa pra ontem.

- Vão se foder vocês dois.

Eles riem e eu aumento o som e continuo fazendo minha série, quando abaixo o peso e me viro para pegar a toalha um corpo aparece no meu campo de visão e meus olhos grudam na tatuagem de flores e por conta própria meus olhos fazem o percurso até os.... caralho que corpo, sinto um arrepio na espinha e esse top é de deixar qualquer um doido.

Ela estala os dedos na minha frente e me dou conta de quem é a mulher à minha frente.

Karol, com seus olhos verdes me encarou debochada, claro ela percebeu que estava secando seu corpo, mas caramba não lembro que ela era tudo isso, também quando voltei a ver Karol estava enfiado em uma cadeira de rodas e só desejava uma coisa, a morte, mas agora vendo-a assim é ...

Não é nada Ruggero para de fantasiar.

- Vejo que aprendeu a usar as pernas. Pronto o encanto acabou.

- Vejo que sua língua continua a mesma, afiada como sempre.

Respondo e ela sorri irônica .

- Pra você ela sempre será assim.

Tenho que rir, ela é atrevida.

- Olha ele sabe rir, menino isso é épico. Fecho a cara na mesma hora.

- Não enche garota.... Mike chama por ela nos interrompendo.

- Kah chega mais, vem experimentar essa belezinha, preciso de uma revanche.

Ela balança a cabeça negando e sorrindo e tenho que admitir que a filha da puta tem um sorriso lindo.

- Irmãozinho quero só ver se aprendeu mesmo. Fala e Mike faz o sinal para que ela suba.

- Lembra do Agus.

Escuto Mike perguntar mais vou para esteira e não presto atenção no que eles falam, me concentro na minha corrida até que Agus grita.

- Caralho Michael tá apanhando da irmã mais nova cara, corre aqui Rugge ele está levando uma surra.

Pego a toalha e seco meu rosto me aproximo do ringue bem a tempo de ver Mike bater no chão pedindo pra acabar e Karol larga ele e se joga pra trás deitando .

- Porra Mike, me deu trabalho. Ela fala e se senta.

- Eu estive treinando, claro ainda quero dar uma surra em você. Ela rir alto.

- Não entendi, você é muito boa na luta como surgiu a carreira de bailarina? Pergunta Agustin.

Karol levanta e tira as luvas.

- Minha carreira veio primeiro, a luta foi algo que gostei e uso só por hobby, não é que prático para trabalho.

- Soube que você arregaçou um carinha , é verdade? Ela olha para Mike que nega e depois se vira para Agus e agora eu estou curioso.

- Ele teve o que mereceu.

- Então você bateu em um cara?

Só me dou conta depois que as palavras pulam da minha boca.

- Porque o espanto, por acaso só posso bater em mulher? Pergunta.

- Não, só... Ah quer saber não é da minha conta, vou indo nessa.

- Mais já? Pensei que ia dar uma surra em você também. Ela diz fazendo os dois babacas rirem.

- Vai sonhando vai. Ela se aproxima das cordas onde estou.

- Meus sonhos costumam ser bem picantes, tem problema pra você?

Ela fala e me dá um sorriso malicioso e meus olhos se arregalam e o arrepio percorre meu corpo como a muito tempo não acontece, sinto meu amigo lá embaixo querendo dar sinal e merda puta que pariu, porque miséria quero está nos sonhos dela.

- Mike dá um jeito nessa garota.

- Ué porque eu, você é o mais velho. Karol joga a cabeça para trás e rir.

- Relaxa querido, era só pra ter certeza que não era só suas pernas que estão de volta... Ela rir maldita e desce do ringue em direção a esteira.

Encaro os dois idiotas à minha frente que me lançam um sorrisinho ridículo.

- Então mudou de ideia? Pergunta Agus.

- Não. Vou nessa preciso de um banho.

- É claro que precisa, frio. Ele bate no meu ombro rindo.

Caramba a garota acabou de chegar e já me deixou irritado, só que dessa vez é diferente, porque? Ah porque eu não estou me maldizendo em cima de uma cadeira, estou de volta ao mundo dos vivos e meu corpo parece perceber isso.

Droga mil vezes droga.

Entro em casa e corro para o meu quarto, tiro a roupa e jogo no cesto, ligo o chuveiro e com a água caindo quentinha relaxando meus músculos, meu pensamento vai até a academia, aquele corpo e aquela boca atrevida.

Merda..... Não, não, não e não.

Mudo a água quente pra fria, fria não gelada quem sabe assim esqueço dos sonhos picantes daquela mulher, fico no banho não sei quanto tempo, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha, e pego uma outra, saiu do banheiro secando minha cabeça e a porta do meu quarto abre.

- Mike, o que eu tenho que ver...

Karol vai entrando, entra não invade, vestida com o top que ela estava e uma calcinha minúscula.

Minha boca se abre e fecha, abro de novo e não sai nada, ela também está do mesmo jeito, mas porque está secando o meu corpo, e a coisa me faz rir.

- Você está me secando?

Ela pigarreia e então me encara.

- É claro que estou, com tudo isso de fora querido não tem como não secar, e vou dizer sexy pra caralho.

- Garota, você tem filtro? Ela ri.

- Nenhum. Responde e faz um biquinho.

- Então acho que esse não é o quarto do Mike, vou procurar.

- No final do corredor, você não deveria andar na casa só de calcinha. Solto e me arrependo na hora.

- Ah, então alguém estava me secando.

- Sim...quer dizer não eu... Eu não estava, é impossível não ver e...e...

- Não vejo problemas na minha calcinha. Ela fala e vira de costas olhando para o bumbum, aí meu santo desço a toalha que estava no meu ombro pra minha cintura, tentando esconder a minha ereção bem na hora que Mike aparece, olha pra mim e depois pra Karol.

- Leve sua irmã só de calcinha daqui seu idiota. Mike arregala os olhos.

- Ele tem problemas com calcinhas?

Ela pergunta a Mike.

- Não, ele tem problemas com sexo é diferente e sua calcinha é linda não liga pra ele.

Ele fala e sai fechando a porta levando a maluca junto, e eu tenho que voltar para o banheiro e tomar outro banho frio, parece que essa estadia da Karol na fazenda vai me fazer tomar mais banho do que eu já tomei em um ano inteiro.

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