CAPÍTULO 31

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Alice Clark

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Alice Clark

É muito bom te ver de novo, docinho!

        É aquela voz, a mesma voz que me atormentou todos esses anos. É impossível esquecer do medo que senti, do que tudo aquilo me causou, posso sentir o peito apertar, os olhos arderem e a respiração falhar.

        Lucy segura firme em minha mão, foi um terrível erro trazê-la aqui, mas como sempre só consegui pensar depois de fazer. Ela não faz ideia do que está a nossa frente agora.

        É o mesmo homem que me aterrorizou na festa do colégio, o mesmo que me deixou inconsciente naquela noite, na noite em que descobri a verdade sobre o Harry.

— Espera, Ryder!! — Stewart levanta e se põe a nossa frente. Lucy está tremendo, ou talvez seja eu mesma. — Já estou voltando, eu só precisava...

— Precisava fugir? — perguntou o homem de olhos aterrorizantes.

        Posso estar enganada, mas Stewart sente o mesmo medo que eu, talvez um pouco mais,  isso só me faz perceber que devo me preocupar com o que esse cara pode fazer.

— Não! Eu não ia fugir....

        Lucy dá um passo cauteloso para trás e, com seu olhar, compreendo que devo fazer o mesmo. Acho que é hora de correr, mas como poderei comandar o meu corpo se meu cérebro parece congelado?

— Não estava pensando em fugir? — Ele solta um riso sem humor. — Pois deveria ter fugido, porque não vejo ninguém aqui que possa me impedir de te matar.

        Lucy apertou meus dedos com toda a sua força, tenho certeza de que agora ela tem completa noção do perigo que estamos enfrentando.

        Claro que eu poderia sumir, mas não assim, sabendo que meus amigos estão aqui. Harry está, Dylan possivelmente também e, agora, Stewart. Seria mais fácil fugir, mas não, eu não poderia deixá-los e contar apenas com a sorte de poder vê-los outra vez.

        O homem se aproxima cada vez mais, porém não é o suficiente para fazer com que Stewart saia do lugar. Seu sorriso assustador se estende quando seus olhos vêm em direção a mim. É divertido para ele estar amedrontando alguém sem precisar fazer tanto esforço. Ainda seguro a lanterna, a luz treme a nossa frente, e confesso que tudo fica cada vez mais apavorante.

        Por alguma razão, o homem para, olha para trás e demonstra estar atento a qualquer coisa a sua volta, começo a sentir um pequeno alivio. Stewart aproveita para estender o braço a nossa frente e caminhar de costas, obrigando-nos a dar alguns passos para trás.

        Tudo pareceu ainda pior quando meus olhos encontraram Dylan. Eu queria muito encontrá-lo, mas não nessa situação. Boa parte da sua roupa está manchada de sangue, e eu queria tanto  poder abraçá-lo agora.

ACEITE-ME - OS LOBOS (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora