CAPÍTULO 10

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											Ao abrir a porta, enxergo  Dylan, meu irmão parece perdido em seus pensamentos enquanto encara o chão

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Ao abrir a porta, enxergo  Dylan, meu irmão parece perdido em seus pensamentos enquanto encara o chão.  Sento-me ao seu lado em silêncio e, por fim, sou notado por ele.

—  Como foi? —  Ele me observa de canto. —  Você não parece muito bem.

—  Foi como eu imaginei, mas bem longe do que eu gostaria que fosse.

Seus olhos curiosos observam meu rosto, sou incapaz de olhá-lo agora. Não quero que veja em meus olhos o quão devastado me sinto com a situação.

— Falou sobre mim? —  Assinto. —  Ela me odeia?

—  Não, não odeia. Mas não quer nos ver e nem manter nenhum tipo de contato. —  Encosto a cabeça no estofado e deixo um longo suspiro escapar.  — Não posso nem julgá-la por isso. Alice tem todo o direito de querer distância...

—  Ela tem. —  Dylan encosta ao meu lado. —  Nunca imaginei que estaríamos tão distantes, pensei que nossa amizade duraria por muitos anos, quem sabe a vida toda. Sinto muita falta dela, não vou negar, mas não posso insistir que fique por perto, nossa realidade é outra.

— Ainda assim é difícil, Dylan. Muito difícil.

O silêncio pairou entre nós mais uma vez, e não me importaria de ficar assim pelo resto da noite, porém, não depende só de mim.

—  Voltou do seu encontro secreto! Como foi? — Nathan pula no sofá e se senta, esperando minha resposta.

—  Podemos anotar em uma agenda e deixar marcado esse milagre? —  Vince se aproxima, trazendo Julian também.

Agora todos estão sentados esperando por explicações minhas, e mesmo sabendo que não tenho obrigações, decidi responder. Talvez me ajude a amenizar a dor.

— Não foi bem um encontro. Precisava conversar com uma antiga amiga... A conversa não foi tão boa como eu desejava, e agora estou de volta. —  Ergo os ombros.

—  Foi se declarar? —  Julian questiona realmente curioso. Apoio os braços nas pernas e reflito sobre sua pergunta.  Eu disse que a amava, e não sei se isso pode ser considerado de fato uma grande declaração. Essas palavras soam naturais para mim quando se tratam dela.

—  Acho que não.

Dylan se inclina para encarar meu rosto com o cenho franzido.

—  Como assim, Harry? Se declarar? —  questionou meu irmão. Apenas respiro fundo.

—  Não quero falar sobre isso!

—  Eu acho que o Harry precisa de álcool. É só o que eu acho! — Nathan se levanta indo de encontro a cozinha. Para ele quase tudo se resolve com bebida, e hoje, posso me permitir pensar assim também.

ACEITE-ME - OS LOBOS (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora