CAPÍTULO 27

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Michael Carson

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Michael Carson

Se pudesse  voltar no tempo e corrigir todos os meus erros, seria uma longa e duradoura viagem, porém, daria a mim mais chances de ter meus filhos por perto. Pensei que poderia os proteger de tudo, e por alguns anos acreditei que Harry e Dylan poderiam ser como a mãe, então, por que contar a eles o quanto o mundo é diferente do que dizem por aí?

Agora sei que cometi uma grande, talvez irreparável falha, Dylan pode não me perdoar nunca, e enquanto eu estiver neste mundo, irei me lamentar todos os dias por não ter sido o pai que eles tanto merecem.

Recebo uma ligação; o que é sempre quase impossível de acontecer. Observo a tela, é um número desconhecido, fico indeciso, ligações a essa hora são estranhas por si só.

Michael?

— Eliza? — Ouço seu suspiro. — Aconteceu alguma coisa?

De repente, o silêncio invade a linha, meu coração dispara, sei que há algo de errado. Eliza nunca me liga, não sou uma das suas pessoas preferidas no mundo, é fácil saber a razão. Nossa história é tão injusta quanto o resto da minha vida.

Levanto-me rapidamente, calço meus sapatos e desço os degraus da escada, ainda com o aparelho grudado em meu rosto.

— Ainda está aí, Eliza?

Preciso te contar uma coisa!!

— Parece algo sério, devo ir até sua casa?

Sim ... você precisa saber algo, e preciso da sua ajuda também!!

Suas palavras só me apavoram ainda mais, sou atingido por um aperto intenso no peito, venho sentindo essa sensação há alguns dias, só consigo pensar em meus filhos, essa é a única razão pela qual meu coração insiste em reagir.

[...]

Eliza me recebe em sua casa, seu semblante deixa bem evidente que algo a preocupa, sentei-me diante dela, e a agitação em seu coração não passa despercebida.

— Não é muito fácil dizer isso... — Eliza aperta os próprios dedos e respira profundamente para prosseguir. — Dylan está desaparecido!!

Por um tempo, fico tentando assimilar sua última frase, Eliza fica um pouco mais preocupada com minha reação silenciosa, mas é como se o mundo perdesse o som ao meu redor.

— Ouvi Alice no telefone essa noite, acho que ela foi procurá-lo, pensei por um momento que não deveria me opor a sua decisão, afinal, ela já é adulta e sabe o que faz..., mas agora me sinto horrível por não ter feito nada, Alice nunca foi de pensar muito antes de agir. E se ela for até a reserva outra vez?... — Eliza levanta e, impaciente, caminha de um lado para o outro. — Desculpe, estou falando feito uma maluca, mas nós precisamos fazer alguma coisa.

ACEITE-ME - OS LOBOS (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora