Alice parecia desesperada na ligação, deixei os meninos na montanha e pilotei o mais rápido que pude até Daley Hill. Encontrei Dylan sentado na calçada, com o rosto enterrado nas mãos, enquanto Alice tentava consolá-lo.
Minha presença o fez despertar, Dylan secou algumas lágrimas que estavam em seu rosto, e me sentei ao lado dele. Alice estava preocupada, pude sentir, assim como eu, não entende o que está acontecendo com ele.
— Dylan, não acha que já fomos longe demais com essa história?
— Por favor, não insista, Harry! Eu não posso falar sobre esse assunto.
— Tudo bem, não precisa ficar nervoso outra vez, só queremos te ajudar. — Alice tenta, beija o rosto do meu irmão e afaga seus cabelos.
— Alice tem razão, mas se não é o suficiente, sinto muito, mas terei que falar com o nosso pai!!
Dylan não responde, não me olha, isso é uma surpresa, significa que está mesmo preocupado, a ponto de aceitar ajuda do pai que por tanto tempo quis distância.
— Eu vou voltar, acho melhor... — Dylan levanta, ajeitando a camiseta um pouco amassada. — Desculpa, Lice, não quis assustar você.
— Você não me deixou assustada, só preocupada, e muito. — diz ao se levantar também. — Acho que se esqueceu que sempre pode confiar em mim, mas eu não esqueci, e vou continuar aqui por você, como sempre fiz.
Observo os dois, agora de pé, Dylan assente, parece chateado com o que causou, mas não é com isso que me importo, e sim com o que esse segredo pode fazer com ele.
— Harry, você pode acompanhar ela? Eu não vou poder, acho melhor ir embora e descansar um pouco, pode ser, Lice?
— Pode sim, mas por favor, cuide-se!! E só para avisar, sábado teremos um jantar na minha casa às sete da noite, Lucy vai estar lá e eu quero que se comporte, nada de ficar provocando ela, ouviu?
— Sim, vou me comportar! — Ele força um sorriso para nós dois. — Até sábado, Lice!!
Dylan corre para longe de nós, Alice respira profundamente e pega a bolsa que está no chão.
— Harry? — Sua voz me faz despertar de um vazio que eu nem havia me dado conta de estar. — Precisamos mesmo conversar com o seu pai, ele deve saber o que fazer, a gente não pode deixar o Dylan assim.
— Vou conversar com ele, não vejo a hora de colocar um fim nesse sofrimento que Dylan sente. De alguma maneira, sinto que não seja algo tão complicado de se resolver... ele parece se culpar de alguma coisa, mas não enxergo razões para que ele se sinta assim, Dylan deve estar se cobrando muito, preciso entender o motivo disso.
— Sabe que pode contar comigo pra isso, não sabe?
— Eu sei... então, posso te levar pra casa? — Ela assente, sorrindo fraco. Caminho até a moto e sento sobre ela, girando a chave na ignição. Alice ainda está parada quando olho em seu rosto. — Não vem?
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ACEITE-ME - OS LOBOS (LIVRO 2)
WerewolfCinco anos se passaram e Daley Hill enfrenta agora novas ondas de casos de morte e desaparecimento. Uma grande guerra no mundo sobrenatural está prestes a chegar, Harry precisará lidar com a volta do seu tão amado passado junto da nova obscura reali...