Cinco anos se passaram e Daley Hill enfrenta agora novas ondas de casos de morte e desaparecimento. Uma grande guerra no mundo sobrenatural está prestes a chegar, Harry precisará lidar com a volta do seu tão amado passado junto da nova obscura reali...
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Naomi também não esperava pela presença de Alice, claro que não, ainda fico confuso com tudo, não sei compreender o que houve , Naomi estava prestes a me beijar, talvez tenha ingerido mais álcool do que imaginei, Dylan também está me olhando um pouco confuso.
Decidi me mover antes que tudo isso parecesse algo ainda pior. Alice abaixa seus olhos, sei que está brava, posso sentir.
— Vou deixar vocês sozinhos um pouco, depois conversamos, Lice! — Dylan beija sua testa antes de sair.
Naomi correu para algum lado, possivelmente arrependida, precisaremos conversar depois, eu a conheço muito bem e sei que deve estar abalada com a própria atitude, ela não é tão impulsiva assim. Somos apenas bons amigos, sempre foi desta forma, nunca existiram razões para duvidar de que nada mais poderia rolar.
— Eu sei que o que acabou de ver pareceu algo mais sério do que realmente foi. Eu também não compreendi direito, mas não confunda as coisas, ok? — Toco seu queixo, e seu rosto se ergue para mim.
— Confundir as coisas? — Um pouco alterada, Alice deixa escapar um fraco riso sem humor. — É obvio que ela é apaixonada por você, e deve ser o único a não enxergar.
— Isso não é verdade, ela bebeu um pouco demais, está confusa, mas nós somos bons amigos. Não é preciso se preocupar com isso, Alice!
— Acha mesmo que é só isso? — Seu tom de voz deixa evidente que não concorda com nada do que eu disse. Fico sem ter o que dizer, não quero piorar as coisas, nem tudo nesse dia saiu como eu planejava, e me vejo desejando que ele termine o quanto antes.
— Eu não sei, Alice. De qualquer forma, lamento que tenha acontecido. — Estou exausto, não fisicamente, mas preferiria que fosse.
— Eu também lamento. — Ouço seu suspiro pesado. — Poderia me levar pra casa? Preciso de um banho, e não quero chegar muito tarde.
— Está zangada?
Seus olhos me alcançam, fico esperando por sua resposta, Alice sorri de canto, claramente forçando seus lábios.
— Eu não estou zangada, quero dizer, essa não é bem a palavra, mas não me peça pra admitir em voz alta e diretamente o que estou sentindo no momento!! — Alice cruza os braços e mantém o sorriso. Sinto-me mais tranquilo e acabo sorrindo também.
— Não precisa sentir nada disso, sabe que eu te amo, não sabe? — Toco sua bochecha e acaricio sua pele.
— Eu sei, e eu também te amo... — Alice toca meus lábios com os seus, e aproveito sua aproximação para abraçar sua cintura e provar um pouco mais do seu beijo.
Ela me acalma, é sempre assim, não há guerra dentro de mim que resista ao toque sereno de Alice. Isso só me faz ter mais certeza do quanto preciso tê-la comigo, passei por anos horríveis, sentindo-me solitário e perdido, mas bastou sua presença para tudo dentro de mim florescer, ela é a minha primavera, é o meu primeiro e único amor.
