Cinco anos se passaram e Daley Hill enfrenta agora novas ondas de casos de morte e desaparecimento. Uma grande guerra no mundo sobrenatural está prestes a chegar, Harry precisará lidar com a volta do seu tão amado passado junto da nova obscura reali...
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Mentiria se dissesse que entendo o que houve comigo, é totalmente inexplicável a forma como me entreguei ao Harry, mas não nego que me sinto feliz e muito longe de me arrepender. Pensei nele por todos esses anos, foram lutas intensas entre o amor e o rancor, mas bastou voltar a vê-lo e ouvir suas palavras doces para me esquecer de qualquer dor do passado.
Suas carícias me causam arrepios deliciosos na pele, e um sorriso se abre lentamente em meu rosto.
- Isso parece loucura, sabia? - Harry se atenta a mim, após beijar meus lábios. Apoio o queixo em minhas mãos, próximo ao seu peito, e observo seus belos olhos castanhos.
- Você e eu? - questiona um pouco confuso.
- Sim! Eu sempre te detestei, e olha só onde viemos parar. - Ele ri baixinho.
- Pra mim não é bem uma surpresa. Só parece fruto da minha imaginação, não sabe o quando desejei estar com você. A verdade é que eu sempre te amei, mesmo que tivesse um jeito meio distinto de demonstrar meus sentimentos.
- Meio distinto? Totalmente distinto!! E não faz sentido nenhum. Duvido que me amava quando éramos adolescentes, você vivia cercado de garotas. - Reviro os olhos.
- Porque eu sabia que não daria uma chance pra mim, você sempre foi muito alheia a qualquer outra pessoa que não fosse o Dylan. Como acha que eu poderia competir?
- Claro que poderia competir, era só ser menos chatinho comigo e num passe de mágica eu estaria jogada aos seus pés. - Harry acaricia meu rosto enquanto sorri.
- Alice Clark jogada aos pés de alguém? Isso nem em um mundo de ficção.
- Talvez eu tenha exagerado na expressão, mas claro que eu teria me apaixonado por você...
- Mesmo eu sendo um: detestável pateta de cérebro pequeno? - Harry provoca e me faz rir. - Eu te amo, Alice.
Deixo de sorrir ao ouvir suas palavras, mas não porque não gostei de ouvi-las, mas sim porque custo a acreditar que isso esteja realmente acontecendo. Aproximo meus lábios dos seus para poder beijá-lo. É amor o que sinto por ele, sempre foi amor, e talvez tivesse medo de admitir, mas Harry Carson passou a ser o único dono do meu coração desde quando nos beijamos pela primeira vez.
- Eu também amo você!!
A forma como seus olhos brilham diante dos meus, trazem a certeza de que, a partir de agora, podemos lutar por qualquer coisa.
- Dylan vai me matar!
Sua frase me pega de surpresa e acaba com todo o clima romântico.
- Por quê?... - Fico esperando que complete, mas Harry apenas aperta os lábios. - Ele ficaria bravo?
- Ele tem medo, não quer que eu te coloque no meio de tudo o que está acontecendo. Dylan não está errado em pensar assim, mas...
O assunto em questão me incomoda, é como se tudo o que tivéssemos feito ou falado agora, fosse só parte de uma ilusão. Levanto-me, procurando por uma roupa confortável no armário. Não quero falar sobre isso, pelo menos não agora.
