CAPÍTULO 15

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ALICE CLARK

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ALICE CLARK

Dois dias se passaram, não tenho notícias de Dylan e Harry, sinto-me agoniada, não consigo dormir direito pensando no que pode ter acontecido.

Desço os degraus da escada e  enxergo tia Liza pronta, com uma bota de salto alto e um vestido vinho por debaixo do sobretudo. Seus cabelos castanhos estão presos em um rabo alto, e seu perfume, esse posso sentir até em quilômetros de distância.

— Nossa, o homem que vai sair com você, deve ser um arraso. —  Como sempre tia Liza aceita o elogio e me olha de forma a deixar claro de que sabe o quanto está linda.

—  Ele é lindo e muito educado, conheci no bar semana passada!

—  Tem certeza de que é uma pessoa confiável? Nem o conhece tanto, tia.

—  Conheço o suficiente para saber que é um ótimo partido, Alice. —  diz ela, totalmente despreocupada. Dona Eliza nunca muda.

—  Vou confiar nos seus instintos, mas não quero que cheguem depois das dez da noite. Não quero ter que te buscar na delegacia. —  Cruzo os braços na altura do peito enquanto a mulher a minha frente começa a rir. —  O que foi?

—  Querida. —  Toca meu rosto. —  Você está crescida, mas não significa que precisa cuidar de mim. Guarde suas energias para quando eu parecer uma bisavó.

Reviro os olhos diante do seu comentário, mas no fim acabo sorrindo.

A campainha toca, tia Liza se ajeita olhando o reflexo no espelho da sala. Sua empolgação com o encontro é bem nítida, fico curiosa para conhecer o tal homem, mas para não espantar ninguém, fico onde estou, no meio da sala, para poder enxergar mesmo que sem muitos detalhes, alguns traços do homem que a espera.

Fico surpresa quando tia Eliza menciona que precisa apresentar alguém. Temos um avanço, ela nunca me apresenta seus pretendentes, esse deve ser especial.

O homem deve ter entre quarenta anos ou um pouco mais, ele  analisa alguns cantos do cômodo, e quando seu olhar atinge meu rosto, sinto um pequeno calafrio. Ele é alto, tem uma barba bem feita, olhos atentos, pele clara e um sorriso que não me parece convincente. Permaneço calada, e talvez esteja agindo feito uma maluca, mas não consigo evitar, algo nele me faz ficar em alerta.

—  Como eu disse, essa é a minha sobrinha, Alice, minha companheira de todos os momentos. —  Tia Liza me apresenta, o tal homem parece atento ao que ela fala e intercala o olhar entre nós. —  Alice, esse é o meu amigo, Jason, ele é...

ACEITE-ME - OS LOBOS (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora