CAPÍTULO 13

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												Não pude pregar meus olhos durante a noite toda, pensando em estratégias para acabar com tudo isso sem que mais alguém do nosso lado se machuque

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Não pude pregar meus olhos durante a noite toda, pensando em estratégias para acabar com tudo isso sem que mais alguém do nosso lado se machuque. Farei o que Christian propôs, primeiro vamos conversar com o resto do pessoal, entraremos em acordo e se tivermos sorte, tudo se resolverá de forma rápida.

Os dias frios estão diminuindo, o sol tenta aparecer por entre as nuvens, traz de volta a preocupação das épocas mais agitadas em relação à caçada dos lobos. Nossa matilha não encontra problemas em controlar os instintos, machucar humanos nunca foi e nem será uma hipótese.

Tomo um gole de café enquanto sinto a presença da minha ansiedade de maneira constante. Alice aparece, ajeita a blusa de frio no corpo e me olha com receio. Imagino que também não tenha conseguido dormir, pude ouvir seus soluços da sala.

— Bom dia, como está se sentindo? —  Tento puxar assunto, fica difícil conversar com Alice sabendo que seus problemas continuam sendo por minha causa.

— Poderia estar melhor! Não tenho roupas aqui, preciso buscá-las.

Sinto que sua preocupação aumenta a cada minuto.

— Posso te levar lá se quiser.

—  De moto? — Um sorriso sem humor brota em seus lábios. Acho que voltamos a nossa época infantil, quando as provocações eram frequentes. —  O que houve com o seu carro?

— Está na casa do meu pai, mas posso pedir o carro do Christian emprestado, não será um problema. —  Tento manter a calma, mas parece que Alice está disposta a tentar despertar o lado menos paciente que há dentro de mim.

Desculpe. — Ela aperta os olhos e parece arrependida. — Estou um pouco nervosa... Essa situação, vocês, coisas sobrenaturais que jurei nunca mais pensar... Tudo está vindo de uma vez só... Fico confusa e tenho medo. — Seus olhos brilhantes me alcançam de forma a mexer com meu coração uma outra vez.

Puxo a cadeira para me sentar do seu lado. Procuro por suas mãos e sua pele quente me aquece.

— Eu sei o quanto isso assusta, mas enquanto estivermos com você, estará segura. Eu prometo. Sei que é muita coisa para processar, e que têm preocupações, mas com o tempo você pode entender que não somos todos iguais. Pertenço a uma matilha diferente da que Hunter era responsável, somos bons e cuidamos uns dos outros.

—  Sei que são bons, Harry!  Vejo isso nos olhos de vocês. —  Um pequeno sorriso surge em seu rosto. Ficaria admirando seus traços por uma eternidade sem enjoar se pudesse. 

Toco uma mecha do seu cabelo macio, levando-o à parte de trás da sua orelha. Alice não deixa de olhar dentro dos meus olhos, e me esforço para não quebrar o contato visual, não penso muito, isso sempre acontece diante da sua presença. Aproximo meu rosto do seu, de forma em que seu cheiro me atinja cada vez mais junto do calor de sua respiração. Toco seus lábios com os meus, fecho meus olhos porque, por mais lindo que sejam os seus, quero sentir de novo a mesma paz que senti quando a beijei pela primeira vez.

ACEITE-ME - OS LOBOS (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora