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Romana

Estou em casa me recuperando do acidente, ainda sentia algumas dores e estava sob medicamentos. A minha cabeça parecia que iria explodir com os pensamentos que insistiam em permanecer sobre tudo o que minha tia falou. E para piorar, eu vi um homem ser morto na minha frente, quase fui sequestrada e ainda sofri um acidente.

ISAQUE: Você está bem? - Isaque se senta ao meu lado da cama, eu nem havia notado que ele tinha entrado no quarto.

ROMANA: Um pouco dolorida mas estou bem. - Continuo olhando para algum ponto fixo do meu quarto.

ISAQUE: Vou precisar fazer uma viagem junto com o Massimo, amanhã a tarde estou de volta.

ROMANA: Pra onde você vai? - Dessa vez nossos olhos se encontraram.

ISAQUE: Vou a Roma para negócios, amanhã já estou de volta. Se cuide, pequena! - Ele beija o topo da minha cabeça e se levanta para ir embora.

O sono estava vindo, deve ser o efeito dos remédios. Me ajeito na cama e fecho os olhos para dormir.

TIA EVA: Romana, acorde! - Sinto as mãos da minha tia balançarem meu corpo. - Vem, vamos jantar.

Solto um resmungo e me espreguiço. Acho que agora sim eu havia descansado bem. Me levanto da cama e desço as escadas junto da minha tia. Ao entrar na sala, vi tio Antonio servindo seu prato.

ROMANA: O senhor não foi viajar com eles? - Pergunto me sentando ao seu lado.

TIO ANTONIO: A essa altura, vocês duas não podem ficar sozinhas. - Ele aponta para mim e tia Eva, que estava sentada do outro lado da mesa e de frente para tio Antonio.

ROMANA: E todos aqueles seguranças?

TIO ANTONIO: Ainda sim não é suficiente!

Jantamos em silêncio, o clima estava tenso e pesado e isso era estranho porque sempre jantamos muito animados. Termino de jantar e levo meu prato até a pia, mas ao voltar para a mesa escuto meus tios conversando.

TIA EVA: Também não foi fácil para mim, você lembra? Ela precisa de um tempo para entender, Antonio.

TIO ANTONIO: Desnecessário! Ela precisa ouvir toda a verdade de uma só vez, o sofrimento vai ser menor.

TIA EVA: Ela é jovem, querido! A pobrezinha deve estar se sentindo confusa e perdida, deixa ela se acalmar para contarmos isso à ela.

Ouço meu tio resmungar algo em italiano. Então é isso, tem mais coisas que eu não sei? O que será que é dessa vez? Para não sentirem minha falta, volto para a mesa.

Dou boa noite para meus tios com um beijo na bochecha de cada um e subo para meu quarto.

Eu queria saber o que eles estavam escondendo de mim.

Na manhã seguinte...

Estou sentada no sofá ao lado da piscina, pensando o que mais eu deveria entender. Eu não paro de me fazer perguntas, não consegui dormir essa noite me questionando o que poderia ser. Cada dia que passa, eu sinto que há muitos segredos nesta família!

Decido dar uma volta pelo pátio e observar como esses mafiosos agiam. Os homens vestidos de terno preto são altos, largos, fortes e nada amigáveis. Eles rondam tudo e todos com um semblante sério, nenhum pouco amigável.

Me questiono como eles aguentam o calor de Sicília com aqueles ternos.

Na expectativa de ser simpática com um deles, me aproximo de um segurança, ele parecia um ogro.

ROMANA: Calor né? - Gesticulo com a mão e olho para o Sr. Sério.

Ele apenas me olha e não me responde. Nossa, que antipático.

ROMANA: Eles proíbem você de falar também? - Questiono.

XX: Você está precisando de algo, Sra. Keilani? - O homem careca abaixa sua cabeça e me olha através dos seus óculos escuros. Tenho certeza que ele estava pensando " mas o que você quer, criatura? "

ROMANA: Romana, por favor! Senhora é antiquado. - Sorrio.

XX: Devo seguir as regras! - Ele volta para sua postura normal.

ROMANA: Okay... - Continuo andando pelo pátio e ainda sim observando os homens, eu tinha certeza que eles também estavam me observando. Isso era estranho!

Chamas em perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora