Chamas em perigo

• Liberdade •

Massimo on

Meu corpo estava tomado de raiva quando o líder dos meus empregados havia me avisado que Joe Smith invadiu minha casa à procura de Romana. A pergunta que não se calava era Como ele conseguiu entrar? Pelo visto preciso reforçar os seguranças.

Finalmente depois de muito trabalho e suor, consegui levar o psicopata para o porão e lá ele ficou, amarrado e espancado.

Estava na varanda, olhando o mar e bebendo meu whisky. Minhas roupas estavam com respingos de sangue e em minha boca havia um corte que ardia quando encostava o copo.

DOMENICO: MASSIMO! - Viro meu rosto e Domenico vem em minha direção correndo e um pouco manco. - A Romana... - Tenta controlar sua respiração.

MASSIMO: Por que ela não está com você? Você a perdeu, seu idiota? - O seguro pela gola da camiseta.

MARIO: O que você está fazendo? - Mario entra na varanda.

DOMENICO: Eu tentei tirar ela de lá mas ela chutou meu saco, ela ouviu gritos do cretino. - Ele recupera seu fôlego e termina de falar.

Solto Domenico e corro até o porão, desço as escadas e Romana e seu pai biológico estão conversando, nos olhos de Romana havia lágrimas e em suas mãos, havia uma faca. A camiseta de Joe Smith estava cortada de fora a fora e seu tórax tinha cortes que estavam nitidamente profundos.

Romana on

Estava sentada em um banco, olhando para aquele assassino que ria de mim. Escuto alguém descer as escadas e imagino quem seja, não olho para seu rosto e nem quero ver sua reação, só quero que esse sentimento de ódio e vingança saiam do meu corpo da melhor maneira possível.

JOE SMITH: Veio proteger sua namoradinha, Don Massimo? - Pergunta em um tom debochado.

MASSIMO: Cala a porra da sua boca, seu filho da puta! - Fala em um tom autoritário. - Romana, o que você tá fazendo aqui? - Seu tom autoritário continua.

JOE SMITH: Vai deixar ele falar assim com você, minha filha amada?

ROMANA: FECHA ESSA BOCA PODRE OU VOU ARRANCAR SUA LÍNGUA FORA! - Antes que pudesse chegar perto de seu corpo, Massimo me segura e de alguma forma, consegue tirar a faca de mim. Nisso, Mario e Domenico chegam com alguns homens.

MASSIMO: Tira ela daqui, Domenico! - Entrega a faca para Mario. - E dessa vez, vê se tira porque se não quem vai dar um chute em seu saco, sou eu. - Domenico faz sinal para um dos homens que foi até mim.

ROMANA: Eu não te... - Nem terminei e o homem bruto havia me colocado em seu ombro, me levando para casa novamente.

Eu não parava de lembrar no que tinha feito e o que poderia ter terminado de fazer se Massimo não tivesse me impedido. Vou até a cozinha, bebo um copo de água e subo para meu quarto, tiro minhas roupas e caminho até a banheira, enchendo e colocando óleos relaxantes. Entro na banheira quando ela está cheia e descanso meu corpo, aliviando meus músculos, relaxando minha mente e fazendo com que todas as lembranças ruins fossem embora.

" Você está livre de todo o mal, minha querida. Lembre-se que eu te amo e sempre estarei aqui! ". Abro os olhos e ao perceber que dormi e sonhei com minha mãe adotiva, sorrio com suas palavras. Eu estou livre agora, mãe!

Coloquei um conjunto de pijama bege, sequei meu cabelo e o alisei. Por último, passei uma loção e desci as escadas.

                              Imagem ilustrativa

Decidi não jantar hoje e Massimo também não, pelo visto. Fui até a cozinha e fiz uma salada de frutas para comer, depois lavei a louça e ao voltar para a sala, reparei que Domenico e Massimo conversavam.

MASSIMO: Diga a eles que já está resolvido mas reforce a segurança ou vou demitir todos. - Diminui seu tom de voz quando me vê. - Pode ir, Domenico. - Põe seu copo sobre a mesa e se levanta.

DOMENICO: Boa noite, Massimo! - Massimo corresponde e assim que Domenico sai, ele caminha até mim.

MASSIMO: Você está bem?

ROMANA: Agora você quer saber se estou bem? - Subo as escadas e atrás de mim, Massimo também sobe devagar.

MASSIMO: Você não precisa mais se preocupar com seu pai. - Me viro para trás e ele dá de ombros. - Ele está morto! E quero que aquilo mais cedo não se repita, você não pode sair por aí fazendo o que quer, não aqui em Sícilia. - Ele fala e entendo que pela primeira vez, Massimo está certo. Não posso sair por aí matando as pessoas porque o ódio me tomou.

ROMANA: Me desculpa! - Meus olhos ficam marejados e Massimo se aproxima, limpando as lágrimas que insistiam em cair. Ele me conduz para seu quarto e me deita em sua cama, sem nenhuma má intenção. Ele se deita após, põe minha cabeça em seu peito e canta bem baixinho " Hard for me".