• Toque de corpos •

2K 105 17
                                    


Romana

Foi uma noite tranquila, eu consegui me divertir depois de muito tempo e pela primeira vez desde que pisei na Sicília. Já era tarde e quase todos haviam ido embora, apenas ficou eu, tio Antônio, Massimo, Domenico e Mario.

ROMANA: Vou me recolher também, boa noite para vocês. Boa noite, tio! - Me levanto e dou um beijo em sua bochecha.

MASSIMO: Eu te acompanho! - Ele se levanta do sofá e pega seu blazer no encosto da cadeira.

ROMANA: Ah não precisa. - Sorri nervosa.

MASSIMO: Vamos? - Ele ignora o que eu havia falado e deu passagem para passar.

Caminhamos silenciosamente até a porta do meu quarto.

MASSIMO: Está entregue!

ROMANA: Obrigada, Massimo. Tenha uma boa noite! - Dou um leve sorriso e quando me viro para entrar no quarto, sinto seu corpo me pressionar contra a porta.

Novamente posso sentir o aroma de seu perfume. Ok, eu admito, ele é cheiroso! Com uma mão me puxando pela cintura para mais perto, Massimo afunda seu nariz no meu cabelo.

MASSIMO: Você é tão cheirosa! - Ele traça um caminho com seu nariz até meu pescoço, fazendo com que um arrepio percorra meu corpo. - Você é tão delicada! - Sua mão entrelaça meu cabelo e puxa levemente para trás, expondo mais a minha pele. - Você é tão linda! - Com a sua outra mão, ele deslizava e apertava cada parte do meu corpo.

ROMANA: Massimo, não! - Sussurro ofegante.

MASSIMO: Não irei fazer nada que você não queira. - Ele se afasta. - Boa noite, baby!

ROMANA: Boa noite, Massimo! - Com as pernas ainda moles iguais gelatinas, eu abro a porta e entro no quarto.

Em seguida tranco a fechadura para ter a certeza de que ele não iria entrar. Me escoro na porta e me sento no chão.

O que foi isso? Mas o que acabou de acontecer?

Aquelas mãos fortes e firmes passeavam meu corpo, uma sensação estranha estava surgindo e eu estava quase desmaiando ali no corredor mesmo.

Me pego rindo e afasto os pensamentos. Tiro aquela saia e o top que já estavam ficando desconfortáveis e coloco um pijama. Tiro minha maquiagem, escovo os dentes e me jogo na cama.

E logo as lembranças vieram a tona na minha mente.

No dia seguinte

" Romana! Acorda, sua preguiçosa! Abre essa porta" , a voz de Isaque surgia aos meus ouvidos até que me levanto assustada com Isaque batendo do outro lado da porta.

Lentamente, me espreguiço na cama, sento e depois de alguns segundos eu abro a porta para Isaque que gritava igual um louco.

ROMANA: O que você quer? - Pergunto sonolenta e com os olhos espremidos por conta da luz.

ISAQUE: Sou eu que faço as perguntas por aqui, mocinha! - Ele entra no quarto. - Por que você trancou a porta? Você nunca tranca! E outra, sabe que horas são? É meio dia, Lucia não vai esperar você não.

Era muita informação pra minha cabeça, no momento!

ROMANA: Não enche, Isaque. Sai que eu vou me trocar! - Rapidamente vou ao banheiro fazer minhas necessidades e escovar os dentes. Coloco um vestido azul bebê curto e de alcinha e vou correndo almoçar.

A essas horas, meu tio deve estar com uma cara de bem poucos amigos pelo meu atraso. Ele é pontual, não tolera atrasos.

Dificilmente nós fazemos nossas refeições dentro de casa, é costume comer na área de lazer. Me aproximando da mesa, vejo que todos estão almoçando, inclusive Massimo. Ele não tem casa não?

TIO ANTONIO: Boa tarde bela adormecida, caiu da cama? - Pergunta ao me ver.

TIA EVA: Meu amor, seu prato está aqui. - Carinhosamente, minha tia aponta para uma cadeira ao lado de Massimo.

Desvio o olhar do meu tio para o lugar ao lado de Massimo, e depois olho para Massimo, e depois para minha tia, e depois para meu tio. É sério gente?

MASSIMO: Pode se sentar, eu não mordo. - Ele se levanta e puxa a cadeira, fazendo menção com a cabeça para que eu me sentasse.

Um pouco constrangida, nervosa e com um sorriso forçado no rosto, eu me sento. Isaque estava ao meu lado, ele tinha um sorriso no rosto e batia palmas.

ROMANA: Se eu perder a minha paciência, eu juro que vou quebrar essa sua cara! - Rosno em um tom ameaçador e todos me olham surpresos.

TIO ANTONIO: Essa é a minha menina! - Cai na gargalhada.

Levanto o cloche e vejo que era estrogonofe de carne. Aaah, eu amo! Todos estavam terminando suas refeições, e eu estava começando. Massimo termina de almoçar e estende seu braço no encosto da minha cadeira, o que me deixa um desconfortável, e então me inclino um pouco mais pra frente.

Meus tios e Isaque pedem com licença e se retiram da mesa, indo para seus afazeres. Já Massimo persistiu ao meu lado, enquanto olhava algo no celular.

Termino de comer e suspiro aliviada. Nossa, eu realmente estava muito satisfeita.

MASSIMO: Satisfeita? - Apenas assenti com a cabeça. Acho que eu ainda não havia engolido o que aconteceu ontem. - Você foi dormir satisfeita também?

Eu o olho incrédula e ele ri.

ROMANA: Me respeite! - Levanto da mesa e saio.

Chamas em perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora