Baseada no filme 365 dias, Chamas em perigo é uma história que vai relatar a vida de Romana Keilani, uma garota que teve sua infância arruinada por seu pai biológico e será obrigada a se mudar para casa de seus tios adotivos em Sicília, uma ilha ita...
Alguns dias se passaram e as cenas de Massimo passeando suas mãos em mim não saíram da minha cabeça. Eu tinha que dar um jeito de esquecer isso, não posso me entregar para um homem perigoso como ele. De certa forma, não é tão simples, ele é o dono de tudo onde meus pés pisam. Como eu poderia lidar com isso?
ISAQUE: Eei - Me dá um leve empurrão. - No que estava pensando?
ROMANA: Na minha vida. - Suspiro.
ISAQUE: O que aconteceu? - Se senta ao meu lado.
ROMANA: Não vou contar à você! - Hesito.
Eu não sei qual seria a reação de Isaque, ele poderia gostar ou não.
ISAQUE: Vai, fala! Eu não vou contar pra ninguém, eu prometo! - Ele estendeu seu dedinho.
A promessa de dedinho! Eu ri antes de estender meu dedo mindinho para ele, nós fazemos isso desde criança.
ROMANA: Na noite da festa, Massimo me acompanhou até o quarto. - Olho para Isaque que abriu um sorriso. - Ele me agarrou antes de entrar.
ISAQUE: E aconteceu algo mais? - Questiona. - Como se sente?
ROMANA: Não, não aconteceu nada além disso, nós nem nos beijamos. E eu estou confusa! Admito que Massimo é bonito, atraente... Mas eu não quero um homem que tem o histórico de vida dele. - Me levanto do sofá em que eu estava sentada. - Eu quero viver uma vida tranquila, longe disso tudo!
Eu merecia uma vida de paz! Desde criança eu fujo do meu pai para poder sobreviver, não vejo a hora dele ter o que merece para que eu possa abrir meu restaurante e receber pessoas de todos os lugares.
ISAQUE: Eu entendo, Ro. Mas enquanto seu pai estiver lá fora, aqui é seu lugar. Estamos bem protegidos, mas somos apenas os capangas de Massimo. - Arregalo os olhos. - É, é triste! Se meu avô não tivesse dívidas com a máfia, meu pai não estaria trabalhando com isso e eu não estaria vivendo dessa forma. Por outro lado, não poderíamos proteger você!
Isaque tinha razão, eu não estaria viva se não fosse por eles que cuidaram de mim a vida toda.
ISAQUE: Você vai estar mais protegida ao lado de Massimo! - Olho para Isaque. - Deixe ele fazer a parte dele, deixe ele te contar o que você precisa saber.
ROMANA: Como assim? - Caminho até Isaque. - O que eu preciso saber, Isaque?
ISAQUE: Só Massimo pode contar. - Eu sabia que que ele queria me contar, mas algo o impedia. - Converse com ele hoje a noite.
O celular de Isaque toca e ele sai para a rua para atender. Fico ali me questionando o porquê de tanto mistério, o que se passava por trás da minha segurança, dos meus tios... Eu não sei onde estava metida, mas não tinha nenhuma porcentagem de ser coisa boa.
Tenho medo de viver no meio dessa sujeira de bandidos e não poder realizar minhas metas, como qualquer outra pessoa.
O dia havia passado lento e tedioso, eu olhava no relógio a cada instante mas as horas não passavam. Por sorte, consegui dormir depois do almoço e acordei no fim de tarde. Meu sono não tinha horário para acabar, eu dormia e não acordava mais.
Estava sentada de frente para a penteadeira e passando uma maquiagem básica. Para vestir, escolhi algo que não fosse vulgar e que não chamasse a atenção de Massimo. Coloquei uma calça de moletom e um body cinza, e para calçar peguei um tênis branco casual.
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Terminei minha make e olhei da varanda do meu quarto para a piscina. As luzes estavam acesas, então essa era a hora de saber a verdade
Apressei meus passos e a cada vez que me aproximava, meus batimentos cardíacos aumentavam. Parecia que meu coração iria saltar pela boca.
ROMANA: Alguém sabe onde está o Massimo? - Perguntei assim que vi meu tio, Domenico e Mario sentados e conversando.
MASSIMO: Atrás de você! - A voz grossa surge atrás de mim, engoli seco, ele não perde essa mania.
ROMANA: Precisamos conversar agora! - Puxo seu corpo para longe dali. - O que você tem pra me contar? - Pergunto.
MASSIMO: Seja mais específica!
ROMANA: Isaque me falou que você tem algo a me contar, e que só você poderia. - Cruzo meu braços na espera de uma resposta.
MASSIMO: Precisamos conversar em um lugar mais reservado, aqui não dá! - Olha para os lados.
Ele coloca sua mão nas minhas costas me fazendo andar junto dele para a Ranger Rover preta. No mesmo terreno da casa dos meus tios, Massimo entrou em uma estrada pavimentada de pedras e entre a estrada haviam árvores iluminadas, como se fosse a entrada de algum lugar. Uma pequena ladeira é descida e pode-se ver uns 200 metros dali, uma casa enorme com paredes de pedra e de frente para o mar. A medida que o carro vai se aproximando, é possível ver um grande portão de ferro e um chafariz no meio do jardim, de frente para a entrada. As árvores cercavam os muros ao redor da casa que tinha duplo andar, a residência tinha muitas janelas no andar de cima e no andar debaixo mais ao centro estava uma porta de entrada alta e larga.
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Eu estava encantada com o lugar. Havia muito luxo e tudo era muito bem cuidado.
MASSIMO: Bem vinda a sua futura casa! - Ele estaciona o carro de frente para a grande porta de entrada.
