• Tremores seguidos •

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Romana

" Você nunca vai se escapar de mim, eu sempre vou te achar, minha princesinha! Corre, pode correr, eu vou te matar. - Sinto ele colocar a arma em minha testa e escuto o gatilho ser puxado... "

ROMANA: NÃO, SOCORRO! - Sento rapidamente na cama com o coração acelerado.

TIA EVA: O que aconteceu, Rô? - Ela entra no quarto preocupada.

ROMANA: Eu sonhei com ele, tia! - Lágrimas começam a cair dos meus olhos. - Ele me matou, meu pai me matou.

TIA EVA: Calma, calma! Você está segura aqui, meu amor! - Ela me acalma e depois de alguns minutos consigo voltar ao normal. - Está melhor?

Concordo com a cabeça e caminho até o banheiro. Lavo meu rosto, escovo os dentes e faço um coque.

Desço as escadas junto com minha tia e vou até a cozinha comer algo.

TIA EVA: Querida, a mesa está colocada lá na piscina. Seu tio está lá com alguns amigos, ele quer te apresentar. - Ela sorri. - Aproveita e toma seu café.

Concordo e desço as escadas da rua. De longe consigo ver meu tio conversando com três homens sentados, ao redor deles estavam alguns homens de pé e vestidos com ternos preto.

Credo! Eles não sentem calor?

ROMANA: Bom dia, tio! - Me sento ao seu lado e dou um beijo em sua bochecha. - Bom... dia!

Cumprimento o homem bronzeado e de cabelos escuros que estava sentado na minha frente e do outro lado da mesa. Apesar da sua expressão séria, ele era muito bonito!

TIO ANTONIO: Romana, este é Massimo Torricelli!

Sorrio um pouco tímida para ele... Um pouco não, muito tímida! Esse homem não parava de me olhar.

MASSIMO: Buongiorno, Romana! - Ele tinha uma voz grossa. - Seu tio fala muito de você!

ROMANA: É bom saber disso! - Estou nervosa! Estou nervosa!

TIO ANTÔNIO: Então, Massimo... Como estávamos falando, sua boate é muito segura. Acredito que a Romana vai adorar conhecer!

ROMANA: Que? - Me engasgo com o suco.

MASSIMO: Acho que alguém gostou da idéia! - Fala com um sorriso de canto no rosto.

ROMANA: Tio, eu acabei de lembrar que tenho que resolver umas coisas sobre o meu trabalho.

Me levanto rapidamente da mesa na tentativa de sair daquele momento constrangedor.

TIO ANTÔNIO: Com licença, rapazes! - Ele se levanta da cadeira e vem correndo atrás de mim. - Romana, já conversamos sobre esse assunto de trabalho.

ROMANA: Tio, eu sei que você quer me proteger. Mas não pode me manter trancada dentro de casa, se eu posso ir para uma boate, acredito que posso ir trabalhar também! - Sorrio sem mostrar os lábios e me viro.

Preciso trabalhar, não posso ficar aqui parada. Lá nos Estados Unidos, eu trabalhava como gerente administrativa de um restaurante muito chique e conhecido na cidade, mas confesso que gostaria de estar no lugar do chefe de cozinha. Eu amo cozinhar!

Começo a criar currículos para que eu possa entregar nos restaurantes e assim que termino, pego a chave de um dos carros do meu tio e vou até a cidade entregar.

Vai para casa, você está péssima de cansada!

Minha mente pedia para ir para casa quando entreguei meu último currículo. Mas eu queria dar uma olhada no mar.

Caminho mais um pouco e finalmente chego em uma calçada principal. Mais abaixo estava o mar azul e cristalino. Observo alguns minutos e entro em um restaurante para almoçar.

Me sento em uma mesa do lado de fora e antes de olhar o cardápio, pego meu celular para verificar as mensagens.

Isaque:
Ei, onde você está?
Ia te convidar para sair hoje a noite.
Me retorne quando ver essas mensagens.

Romana:
Estou em um restaurante.
Espero que o convite não seja para ir em uma boate.

Coloco meu celular ao lado da bolsa e pego o cardápio para olhar as opções. E depois de alguns longos minutos escolhendo, peço Pasta alla norma. É um prato típico da Italia.

Chamas em perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora