• Eu aceito! •

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Massimo

Era tarde da noite, não conseguia dormir e Romana dormia serenamente apoiada em meu peito. De repente meu celular começa a vibrar, mas quem que está me ligando uma hora dessa? Pego o celular e vejo que era Isaque, afasto Romana com cuidado e vou atender a ligação na varanda.

" - Cadê ela? - Isaque grita do outro lado.
- Está comigo, ela está dormindo.
- Como assim dormindo? Você transou com ela seu desgraçado?
- Ei ei, você acha que está falando com quem?
- Não tenho medo de você, Massimo! A Romana não é suas putas! "

Ele desliga o telefone.

Volto para a cama e cuidadosamente me aconchego ao lado da pequena mulher que dormia na minha cama. Aquilo mexeu comigo, Romana foi a primeira mulher que trouxe para minha casa e que dormiu nesta cama. Realmente ela era muito privilegiada! Quando meus olhos bateram nela pela primeira vez, senti algo diferente, ela era diferente das mulheres que eu costumava ficar.

Romana

Acordei com os estrondos de trovoada e o som da chuva que caía lá fora, tentei me mexer mas os braços pesados de Massimo me impediam. Com cuidado, tiro seu braço e procuro pelo banheiro.

Assim como a casa, o quarto também era enorme. Mas acredito que ali não era o quarto de Massimo, provavelmente teria um closet e estranhei o fato de ter apenas um guarda roupas. Ao lado deste guarda roupas havia uma porta, provável que seja o banheiro. Giro a maçaneta e me deparo com um banheiro todo de mármore travertino, a ducha com uma janela do teto ao chão com vista para o mar me chamou atenção. Me olho no espelho em cima da pia e vejo que meu cabelo estava uma verdadeira bagunça, parecia que não escovava há dias. Tomo um banho quentinho, me enrolo na toalha e vou para o quarto a procura das minhas roupas que estavam espalhadas pelos cantos.

Enquanto vestia minhas roupas, dou uma rápida olhada para Massimo e percebo que ele estava acordado e acompanhando cada movimento meu com os olhos.

MASSIMO: Bom dia, baby! - Ele sorri.

Caminho até a cama e dou um beijo demorado em seus lábios.

ROMANA: Bom dia! - Sorri. - Vou fazer o café, já que ontem eu não cozinhei pra você.

MASSIMO: Huum que ideia boa. - Ele se levanta, deixando a mostra todo aquele corpo esbelto. - Vou tomar um banho.

Enquanto Massimo tomava seu banho, desço as escadas e procuro pela cozinha. Era um cômodo mais afastado da sala de estar e parecia um castelo de tão luxuosa. A cor preta predominava os armários e as aberturas das janelas, a torneira, os utensílios domésticos e os dois lustres acima da ilha eram dourados.

Acho que eu iria passar um pouquinho de dificuldade para encontrar tudo o que precisava. Comecei a caça pelo café, estava na expectativa de achar nos armários baixos mas não encontrei e tive que ir para os armários de cima.

Para a minha sorte, eu avistei o vidro com pó de café na primeira porta. Para meu azar, eu não alcançava e tive que subir, ficando de joelhos sob o mármore. Ao descer, meu joelho escorregou e antes de cair sinto mãos fortes me segurar.

MASSIMO: Você precisar tomar mais cuidado, baby.

ROMANA: Estava procurando pelo café. - Sorrio e aponto para o vidro. - Quanto tempo você estava aí?

MASSIMO: Eu cheguei quando estava ajoelhada e gostei da visão. - Deu de ombros.

Apenas ri e comecei a preparar nosso café.

Quando terminamos de comer, Massimo ficou na sala enquanto eu entrei no quarto para pentear meu cabelo que estava enrolado na toalha. Aproveitei que tinha um pequeno secador e liguei para secar meu cabelo.

Estava finalizando as últimas madeixas úmidas no secador quando ouço gritos de Isaque. Merda!

Desligo o secador e corro para a sala.

ISAQUE: Você é um aproveitador, Massimo! Mal sabe se ela aceitou a proposta e já está dormindo com ela. - Isaque estava próximo a Massimo que mantinha suas mãos no bolso e observava o ataque histérico do meu primo. - Agora vai ficar quieto né, ontem você estava quieto também?

Apenas deu tempo de Massimo inflar suas narinas antes de pegar Isaque pela camiseta para eu correr entre os dois para que não se socassem.

ROMANA: Eu aceito! - Olho para Isaque.

ISAQUE E MASSIMO: O que? - Eles estavam incrédulos.

ROMANA: Eu aceito morar aqui! - Desvio meu olhar de Isaque para Massimo. - Mas saibam que estou fazendo isso por mim, pela minha segurança.

Saio do meio dos dois e me sento no sofá em frente a uma grande janela, a chuva insistia em cair e o mar calmo de ontem estava começando a ficar revolto.

ISAQUE: Por que aceitou tão fácil? - Questiona.

ROMANA: Massimo me contou que meu pai está na Sicília. - Desvio o olhar da janela para Isaque. - Eu não queria ter saído de Washington, eu tinha minha vida lá. Assim que meu pai for preso ou sei lá o que, eu volto para minha casa.

Senti o olhar de Massimo sob mim. E não, eu não podia ficar aqui para o resto da vida, eu quero voltar para minha casa, para meu trabalho, para minhas amigas e minha rotina.

MASSIMO: Impossível! - Foi a única coisa que ele falou.

Me levanto do sofá e o olho sem falar nada. Na verdade deu uma pequena vontade de perguntar se ele era dono de Sicília ou de mim, mas preferi ficar quieta.

ISAQUE: Não tem como, Romana! Assim que souberem que você e Massimo estão " juntos ", você se torna um alvo para as famíglias inimigas.

ROMANA: Eu nunca mais vou voltar para minha vida normal, então?

MASSIMO: Você nunca teve uma vida normal, Romana!

Foi como um tapa na cara e era pura verdade.

Chamas em perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora