treze.

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Terça feira. 16:18 PM.

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Tainá e Lara seguiam naquilo por um longo tempo, depois de muita dor sentida pela ruiva, finalmente o banho tinha sido finalizado.

Tainá: Onde que tem toalha? — Perguntou enquanto levantava.

Lara: Embaixo da pia. Branca é toalha de... Toalha de rosto e... P-Preta é de corpo. — Gaguejou enquanto sentia sua garganta sendo arranhada.

A traficante pegou umas das toalhas, e logo retornou até Lara.

Tainá: Vem cá.

Lara pôs suas mãos em volta do pescoço da morena, enquanto isso Tainá a segurava um pouco mais acima da bunda da mesma. Puxou a para cima deixando a ruiva de pé, e logo a enrolou no pano.

Tainá: Segura aqui. —  Insinuou que era a toalha, quando a mais nova segurou o tecido, as mãos da morena deslizavam para dentro do pano, tendo total contato com a pele de Lara. Aquilo fez a ruiva estremecer.

Lara: Taí... Tainá não... P-Por favor... — Parou a mão da morena em sua cintura, a apertava alí.

Tainá: Num vou fazer nada, só tô tirando. Pode? — Olhou nos olhos castanhos de Lara, estava com pena da garota por estar com tanto trauma de algo.

Entendia tudo que passava na cabeça da mesma, no momento.

Lara: Pode... Desculpa. — Voltou a segurar a toalha com um pouco mais de cuidado agora. As mãos de Tainá continuavam fazendo um lento trajeto por todo seu corpo, isso numa intenção de não tocar em nada que possa feri-lá.

Tainá: Roupa tua, onde que tem? — Apoiou a garota na cama, instantes depois.

Lara: Primeira gaveta tem umas blusas... Roupas íntimas e calças. — Tainá concordou. — Nessa ordem... No c-cabide tem moletom.

A traficante foi até o enorme closet, vasculhando as roupas da menina enquanto procurava uma calça confortável. No caminho, achou um conjunto preto de roupa íntima. O deixou n cama e continuou procurando a peça.

Tainá: Tá bom esses daí? —  Mostrou uma calça de moletom e um blusão branco.

Lara: Uhum. — Falou baixo, quando Tainá se aproximou, seu corpo se arrepiou por inteiro.

Ainda por baixo da toalha colocou a calcinha e o sutiã em Lara. Logo após, estendeu a toalha na porta, encarava a ruiva sem ao menos disfarçar.

Lara: Por que tá me olhando assim? — Falou com pouco de dificuldade, logo depois foi vestindo a calça. Lentamente.

Já numa velocidade diferente, Tainá se aproximou da mais nova a deitando na cama. Ficou por cima da mesma sem dizer nada.

Lara: O... O que... Você tá fazendo? — Sussurrou nervosa, a morena continuava olhando os de Lara.

Foi até o pescoço da ruiva, beijou a cicatriz que estava um pouco aberta enquanto Larissa gemia baixinho de dor. Tentou várias vezes entender o que Tainá estava fazendo com ela.

Tainá. A assassina mais perigosa do país. Beijando seus machucados.

Não era algo fácil de se imaginar.

Aos poucos, a traficante foi descendo os beijos entre braços, barrigas e até mesmo nas pernas. Onde tinha cicatriz, Lara foi beijada. E logo após todo o trajeto, Tainá voltou a cima ficando frente a frente com a ruiva.

Lara: O que foi... O que foi isso? — Suspirou fraco, afinal a boca quente de Tainá em sua pele foi como um choque.

Tainá: Tu passa pomada? Alguma parada? — Ignorou o que a ruiva disse, enquanto encarava o canto da boca de Lara. Pequenos cortes que a morena com certeza beijaria se não houvesse feito uma promessa pra mais nova.

A ruiva assentiu, então logo a aproximação que elas estavam tendo foi quebrada. Tainá ficou de pé.

Tainá: Onde que tá?

Lara: Ali. — Arrumou a postura enquanto se sentava, logo depois apontou para uma gaveta diferente de antes. A traficante pegou um dos cremes e agora passava lentamente nos machucados de Larissa. Que não eram poucos

Tainá dividiu a pomada nas duas mãos, e continuou passando nas pernas da ruiva. Enquanto isso Lara passava em seus braços.
Tempo depois, terminou de passar o creme por todos os ferimentos e cortes que tinha. Limpou a mão na toalha e ficou na frente da ruiva outra vez.

As duas ficaram caladas novamente, até Lara espirrar.

Tainá: Tem remédio aonde? — Cruzou os braços, nenhuma expressão em seu rosto.

A ruiva mexeu os ombros se escolhendo por conta do frio, Tainá a olhava.

Tainá: Tu num sabe onde tem remédio na tua casa? — Franziu o cenho.

Lara: Não... Sempre que estou mal, eu vou no médico particular do meu pai.

Tainá: Mimadona.

Lara: Não sou... Mimada. — Sussurrou baixo enquanto fazia a mesma pose da morena, agora também estava de braços cruzados e com o semblante sério.

Tainá: Bota fé nisso.

Para evitar o frio, a reação de Lara foi se enrolar em um de seus edredons. No mesmo momento foi retirado por Tainá.

Lara: Tainá? — Continuou com a mesma expressão de antes, agora um bico em seus lábios.

Tainá: Tu tá com febre, porra. Nem inventa.

Lara: Mas eu tô com frio.

A traficante a ignorou, foi até o banheiro atrás de sua camisa novamente e a vestiu. Logo retornou para o quarto.

Lara: Não... Não gosto de... Não gosto de você. — Sussurrou, o seu medo por Tainá retornando aos poucos.

Tainá: Tu devia ter chamado a polícia pra mim pô. Vou ser teu terror, garota. — Cruzou os braços enquanto parava no meio do quarto, observava Lara deitar na cama.

Tainá: Depois eu apareço por aí. Num se cobre não, porra.

Lara: Tá bom Maria. — Concordou um pouco irritada, estava morrendo de frio.

Tainá: Maria é o meu caralho garota, euein. — Ainda estava na mesma posição, odiava por vários motivos quando a chamavam pelo primeiro nome.

Lara: Não é seu nome?

Tainá: Meu nome agora é Tainá então porra, me chama de Maria não Larissa, tô falando serinha pra tu.

Aquilo fez com que Lara se arrepiasse enquanto concordava, instantes depois a morena saiu de vista da garota.

Tainá é bipolar, mas de qualquer jeito ela cuidou da nossa ruivinha. Não a critiquem por nada, tudo tem um motivo e em breve será explicado. Capítulo alterado.

1005 palavras.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora