vinte e dois.

1.9K 148 63
                                    

Quarta feira. 03:24 AM.

• Autor •

Tainá já havia saído do condomínio a alguns minutos. E pro seu azar, um grande excesso de sangue permaneceu em sua roupa. Não tinha ideia de como Gustavo foi capaz de apunhalar uma faca em si mesmo sendo agredido durante longas horas.

Tainá: Filho da puta... Do caralho. — Sussurrou enquanto subia na moto.

A traficante não tinha ideia se conseguiria chegar em casa, sangrava tanto que já estava faltando seu ar. Pensava em todas possibilidades possíveis, e a mais coerente era ir até a casa de Larissa, que não era tão longe dali.

*****

— T- Tainá... Costa?... — O porteiro murmurou assim que viu a morena erguida sobre o veículo.

Tainá: Me deixa entrar que é pra hoje, pô... — Olhava atentamente para o mais velho enquanto retirava uma pistola de sua cintura, também arrumou o seu cabelo.

N-Não! No... No meu condomínio você não... Não entra.

A mulher revirou os olhos, enquanto colocava o dedo no gatilho.

Tainá: Abre essa porra agora, filho da puta. Tá pra frente na parada?

Rapidamente o porteiro engoliu em seco. Não demorou mais nenhum instante para abrir o portão junto da catraca. Tainá aproveitou e logo acelerou a moto, fazendo que ecoasse um barulho no quarteirão inteiro.

Dirigiu curtos metros enquanto estacionava na frente da porta, o risco de alguém aparece e denuncia-lá era enorme, mas não se importava.

Se aproximou da mansão, e ao ver a pouca iluminação nas janelas, sabia que a maior parte dos moradores estavam dormindo ou até mesmo ausente da residência.

Bateu na porta. Tainá se apoiou no pilar na intenção de se esconder caso não fosse a ruiva, e teve a certeza de que era assim que a mesma apareceu em sua frente.

Lara: O que... O que você tá fazendo aqui? — Fechou um pouco a porta, querendo fazer o pai ou até mesmo o irmão não terem a visão da morena.

Tainá: Machucado. — Levantou um pouco a camisa, Lara virou a cara com nojo quando percebeu a faca. — Deixa eu entrar.

Lara: Claro que não! Meu pai tá lá em cima. — A ruiva a encarava, principalmente o sangue por todo o seu corpo. — Você matou... Matou alguém?

Tainá: Claro que não, porra. Sou mulher de palavra. — Não notou quando começou a sussurrar. — Bati, só.

Lara: Em quem você bateu? Não vou te ajudar Tainá, não dá.

Tainá: Ameacei teu porteiro pra entrar aqui e tu não quer me ajudar? Ingrata da porra.

Lara: Ingrata da onde, M-Maria?... — Sussurrou assim que sentiu o olhar de Tainá queimar seu corpo.

Tainá: Bati no teu macho, se tocou não? Ainda cuidei de tu. Mó favorzão na parada.

Lara: Merda, Tainá... — Olhou para dentro da casa, seu olhar retornou para o da morena logo depois. — Vem, fica quieta.

Lentamente as duas entraram na residência. A mão esquerda de Tainá permanecia em cima da faca enquanto Lara a guiava segurando sua mão direita, não demorou para chegarem até o quarto.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora