dezenove.

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Coringa •

Quando a mulher falou que São Paulo iria parar eu estranhei pô. Última vez que isso aconteceu foi em 2006 e a Taí nem no comando tava! Aconteceu mó caô, rodou muita gente inocente e mais gente ainda rodou pro sistema, foi tenso.

Coringa: Tainá tu tá querendo fazer o quê? — Cruzei os braços serin, num tava entendendo legal não.

Tainá: Tu acha que essa pica é minha? Que nada pô! Kaká que tá querendo assim, os irmão tá caindo na lábia do maluco.

Coringa: E tu? Num consegue fazer nada?

Tainá: Sou gerente lá e dona aqui, tem muito o que fazer não. Ou eu concordo ou eu num participo da operação. E do movimento nós não corre. — A mulher respirou lentinho ali, tava ligado na parada dela. Ela num queria perder ninguém não.

Tainá: A gente vai ter que ir junto, pô. Essa batida vai ferrar pra caralho.

Coringa: Quando vai ser? — Continuei na pose, serinho. Servi mais uísque pra Costa pra ela ficar na paz.

Tainá: Num sei não Victor, Tigrão disse que ia passar a moral quando fosse o dia.

Coringa: Tô gostando disso aí não, alá. Vai frear nossas fita.

Tainá: Claro que vai mané! PCC vai andar grudado, ainda mais com os filha da puta dos alemão vermelho na nossa cola também. Bandido só tem paz em baixo da terra, porra.

Nem prestei atenção quando Tainá tinha finalizado outro copo de uísque, agora ela só fumava um finin mermo.

Tainá: Ó, pega a visão. — Me olhou. — Vou dar a letra na Bárbara e mandar ela liberar tua meta primeiro, e tu vai atrás de goma pra tua mãe.

Coringa: Tá preocupada com a sogra?

Tainá: Tô preocupada a puta que te pariu, Augusto. Tá de marola com a minha cara porra? — A mulher levantou, cruzou os braços me encarando serinha. Nem respondi nada. — Levanta que nós é bandido e tem que resolver uns corres.

A morena começou a subir as escadas, fui seguindo ela todo desentendido. Tainá me chama pro bem e pro bom e num rola nada? Aí não.

Coringa: Num vou te foder não pô? Vim pra isso. — Falei serinho enquanto seguia ela. A mulher tinha mó bundona, tava olhando sem dó.

Ela continuou andando sem me falar nada, deu pra ouvir que ela xingou alguma parada baixinho, nem dei muita moral.

A gente foi pro meu quarto, Tainá num gostava de fazer nada nos canto dela não. Nunca entendi essa parada, mas nem reclamo.

A mulher foi primeiro no quarto, aproveitei que tava atrás e tranquei a porta. Abri mó sorrisão quando vi ela já tirando a própria camiseta. Paraíso demais, porra.

Tainá: Vai devagar, filho da puta... — Sussurrou pra mim assim que eu beijei o pescoço dela, nem respondi nada.

Encarei ela serinho depois, eu e ela ia ser um casal fodão pô. Pena que a mina num quer... Vou fazer o quê?

*****

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora