quatro.

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• Tainá •

Tainá: Tu num é a única que acha isso, gatona. — Fechei a cara cruzando os braços namoralzinha.

Sinalizei com a cabeça mostrando pra ela aonde era, os cara vieram com uma Evoque branca atrás de mim. Não é possível não.

Ela parou o carro, minha mão saiu do pescoço dela e foi direto pra minha mochila. Na hora que eu subir a porta, ouvi essa daí me xingar. Alá.

Lara: Vai se foder. Vai se foder. — Sussurrou baixo, acho que ela ainda tava nervosa. Deu pra ouvir direitin.

Tainá: Boca suja pra caralho, porra. — Me apoiei no carro olhando a rua, na hora que umas viaturas passaram eu baixei a cabeça.

Tainá: Dá meia volta e vai pra tua casa com varanda no banheiro, a festa do teu namorado vai dar b.o.

Lara: Você não manda em mim.

Eu ri fraquin pô passando a língua na minha bochecha, ihh.

Tainá: Tu ainda vai sentar no meu colo me implorando pra eu te foder. Aí tu vai ver se eu mando em tu ou não. — Bati a porta antes que ela continuasse me xingando, fui até o carro dos mano e entrei.

O tiro de raspão nem tava sangrando mais, o vestido de manga longa tava ajudando a disfarçar esse corte.

Dacruz: Visão patroa, tudo dez? — Entrei no banco da frente, ignorei o Leandro metendo marra.

Tainá: Tá melhor do braço, Lzinn? — Coloquei a mochila no chão, deitei a cabeça no banco tentando relaxar meu corpo.

Tava cansadona, e ainda tinha que sair de vista de São Paulo.

Lzinn: Tô tranquilo chefia, tá doendo um pouco mas a bala nem tá aqui mais.

Tainá: Hm.

Tainá: Meu bot é mó caro e encharcou todo essa porra. — Tirei o tênis. Tava fudidão por conta da água lá.

Tainá: Que horas são Lucas?

Lzinn: Dez e quatorze da noite, patroa.

Tainá: O Leléo encontrou o moleque, Dacruz? — Olhei pra rua que tava movimentada ainda, e olha que a gente já tava longe do banco.

Dacruz: Encontrou pô, ele tem passagem e é dono de morro.

Tainá: Envolvido? — Negou. — O filho da puta anda sozinho? Nome do morro?

Dacruz: Pelo o que o Leléo achou, é só o alemão. BauBau o nome do morro lá.

Tainá: Tá zuando com a minha cara?. — Perguntei fechando a cara, num é possível não. — Aquele lugar é fudido pra caralho, porra. Tu tem certeza que aquele moleque é o dono mermo?

Dacruz: Tô de caô não patroa, é dele mermo. Ainda diz que tu implorou pra ele te soltar.

Tainá: Imploro nem pra minha mãe, porra. Vou implorar pra esse aí? Tomar no cu, filho da puta! — Cruzei os braços ficando serinha. — Vamo invadir aquele caralho hoje.

[...]

Bak: Visão patroa, foi pra baile? — Apontou pro meu traje, alá.

Tainá: A mãe é elegante até quando num precisa, tá me tirando? — Continuou rindo, ih mané.

Comecei a andar pela goma da Elite, num ia pro Complexo e nem pro meu barraco hoje.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora