𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.

quarenta e três.

Sexta-feira. 20:57.

Traumas.

ᝰ

• Autor •

A exatas duas semanas a última conversa entre Tainá e Lara acontecia, depois disso foram várias tentativas falhas vindo da morena de tentar dormir.

Infelizmente alguns traumas antigos retornavam para a cabeça da mais velha a qualquer instante, fazendo que a mulher não soubesse o que fazer e como reagir.

Alguns dias atrás..

Tainá: Tu num quer que eu assista a parada contigo? — Victor concordou. — Então vai, coloca o bagulho. — Cruzou os braços, vendo o homem parado.

O rapaz concordou e foi até a TV colocando o primeiro filme que apareceu na Netflix, um de comédia.

Ele havia pedido tanto para que Tainá assistisse algo com ele que a morena apenas concordou, e Victor não queria perder a oportunidade de passar um tempo a sós com a garota depois de semanas.

Tainá: Já assistiu?

Coringa: Nunca vi esse aí não.

Era mentira, ele já havia visto, mas por Tainá ele faria qualquer coisa.

Logo os dois estavam juntos no sofá, Tainá relativamente afastada do moreno por escolha própria enquanto Augusto tentou se aproximar, mas não conseguiu nada.

Tainá e Victor ficaram quietos até a metade do filme aproximadamente. O rapaz estava prestes a falar alguma coisa, porém quando percebeu que a mulher estava mais próxima dele, se calou.

Tainá: Dá tua mão. — Falou sem olhar para o moreno, que apenas estranhou.

Coringa: Pra quê?

Tainá: Vai logo, Augusto... — Falou já com uma voz sonolenta, Victor estranhou novamente, porém apenas estendeu sua mão para Tainá.

Tainá não dormia, tinha traumas demais que a perturbavam. Ela estar com sono do nada era algo novo para ele.

Coringa: Qual a... A da vez? — Perguntou vendo Tainá deitar a cabeça em seu ombro, enquanto ainda segurava sua mão.

Tainá: Não é pra tu me encarar. — Continuou segurando a mão do Victor, fazendo o mesmo que fez com Lara a alguns dias atrás.

Tainá tentava dormir, seu corpo estava exausto e precisava disso. Também sabia que seu melhor amigo não a tocaria sem a própria permissão, isso a fez se acalmar um pouco.

Em questão de minutos, a morena pegou no sono deitada no ombro de Victor.
O mesmo não conseguia ter expressões coerentes, sentia-se como um adolescente novamente por não saber reagir a um toque.

Isso fez ele sorrir, um sorriso bobo que não queria sair dos lábios de Coringa. Não tinha o porquê dele estar mais feliz, aquele momento era um dos mais puros que já havia passado com Tainá antes.

O mais velho arrumou Tainá lentamente tentando evitar que ela acordasse, mas o contrário aconteceu.

Tainá: Não toca em mim, por favor...