vinte.

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Tainá •

Tainá: Por que cê ainda tenta? Ganha nunca. — Tava rindo enquanto via o Augusto sair puto do carro, moleque ficava no ódio mermo, alá.

Coringa: Nem valeu. Tu saiu antes e eu pego trânsito. — Cruzou os braços serinho.

Tainá: Chapadão das ideia mermo. — Sai da moto. — Faz o seguinte pô, na volta eu encosto com teu carro e tu vai na moto. 

Coringa: Tô botando moral não, mas tô ligado.

Tainá: Se perder de novo, sem choro.

Menor ia falar alguma coisa, mas chegou dois vapor atrás da gente. Entendi legal não.

Visão senhora. Junin veio ficar de olho na tua nave e na do Coringa.

Nem falei nada, só concordei enquanto a gente ia até a treze. Já não tava gostando de ver as parada tudo torta, os vapor tava no telhado e não na rua. Alá.

Perto da rua da treze já dava pra sentir o cheiro de maconha fortão pô, me relaxou legalzin. Continuei andando e já deu pra ouvir uma pá de gente do lado de fora das casas, gritando sem caô mermo.

Tainá: Cadê as mãe dos moleque? — Falei, duas senhoras vieram até mim e o resto calou.

Uma das louca começou a gritar mané. Me xingou e os carai falando que a culpa era minha e num sei o quê, as idéia da mulher.

Tainá: Acalma aí caralho! Porra, tá maluca? — Falei namoral, deu pra ver que chapou na hora que a mina respirou fundo.

Tainá: Dez pra cada e os funeral dos moleques, uns irmãos vão ficar na contenção de vocês. — Eu disse, ainda serinha. — Vou trazer a cabeça do filho da puta, já era.

Na hora que eu cruzei os braços, o Augusto ficou me encarando todo torto. Menor já devia saber que quem iria bancar era eu, pô.

Nem perguntei o nome delas porque eu já tava ligado qual era a da vez, a que tava me xingando era a Cida. Vivia de caô por conta do macho das outras, e é amante também.

A outra que tava mais na calada era a Viviane, ela tinha dois filhos mais um moleque. Lembro direitin quando a mulher apareceu no meu barraco chorando por ter sido expulsa da goma dela. Num lembro o porquê não, mas ela fode gostosinho demais.

Peguei o radinho já na intenção de passar a visão pra uns menor lá, me atenderam na hora sem enrolar pra me responder.

— Patroa.

Tainá: Nobru tu vai descer na treze, traz alguém contigo. Manda um salve pro Vilão arrumar dois barraco, uns bons aí pras mulher num reclamar.

Ouvi um risin do Coringa no meu ouvido, meti foi outro tapão nele. Alá! Avisei pra ele não rir de bagulho sério mas fazer o que? Só o vulgo do menor é Coringa, tem jeito não.

Tainá: Tamo no aguardo. — Na hora que eles concordou eu desliguei meu radinho, voltei a falar com as mulher.

Tainá: Os outros pivetes? Como que tão? — Respirei fundo, o cheiro tava me deixando tranquilona.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora