Quarta-feira. 05:30 PM.
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Tainá e Gabriel estavam lado a lado, nenhum metro a mais diferenciando os dois. Já estavam na velocidade máxima antes da mesma curva de antes.
Lara: Não fica brincando de novo nessa curva Tainá, pelo amor de Deus! — Larissa murmurou, desesperada.
Tainá: Tá certo, ruiva.
E então, aos poucos entraram na curva. Por conta de Bak estar fazendo drift para passar, acabou dificultando pra Tainá. O carro encostou na moto.
Tainá: Afasta, porra! — Gritou freando com força, se continuasse ali, o carro derrubaria ela e Larissa.
Bak: Ó o choro! — Respondeu acelerando novamente. Agora a linha era reta, quem ganhasse ali ganhava o racha.
Tainá: Tá tranquila? — Voltou a correr, Lara concordou sem soltar de Tainá.
Em segundos a morena alcançou o garoto novamente, mas freeou aos poucos vendo ele fazer o mesmo.
Bak: Os verme embaçou, chefe! Mete o pé! — Começou a dar meia volta. — Tão lá na frente.
Tainá: Pegaram os moleque? — Gabriel negou. — Tá certo, bora, bora! — Avisou vendo ele acelerar de volta, saindo da pista.
Tainá continuou o caminho.
Lara: O que aconteceu? Por que ele tá voltando?
Tainá: Os verme encostou, vão grudar em nós. — Acelerou mais ainda, talvez nem possível era. — Se agarra, garota.
Não demorou muito para duas viaturas se aproximarem atrás de Tainá.
Tainá: Não olha pra trás Larissa, abaixa a cabeça.
Lara: Por quê? — Sussurrou enquanto escondia o mesmo na curva do pescoço de Tainá.
Tainá: Teu pai deve tá aí no meio. Só faz o que eu tô mandando patricinha.
Lara apenas concordou enquanto realizava o ato, mas instantes depois começou a falar baixo contra o pescoço da morena, fazendo que ela se arrepiasse.
Tainá: Tô te entendendo não, branquela... — Falou um pouco alto por conta dos barulhos das sirenes. Agora eram seis viaturas no total.
Lara: Desculpa... Falar me acalma.
A morena balançou a cabeça negando algumas vezes, havia chegado mais uma viatura. Agora eram sete.
Com a mão esquerda, Tainá deslizou a própria mão lentamente até sua coxa, segurando a mão de Lara. A ruiva estranhava mas não mencionou o ato.
O contato das duas mulheres no momento conseguia ser diferente de todas as formas, a mais alta sentia seu coração errar algumas batidas enquanto a traficante tentava entender porquê os arrepios permaneciam em seu corpo. Lara sentiu-se confortável com o toque, aquilo a acalmava.
Mesmo estranhando os sentimentos e as sensações, permaneciam de mão dadas. Quietas.
[..]
Após alguns minutos Tainá estava no final da pista, a morena virou entrando em um beco totalmente escuro, e mesmo sendo tarde era movimentado. Havia algumas adegas pelo o local e alí também era o término de um dos maiores bailes funks do lugar.
Acelerou até o final do beco, sempre tentava olhar para trás na intenção de ver se alguém estava seguindo as duas mas era impossível. A movimentação também atrapalhava um pouco.
Tainá: Ainda tá em choque? — Falou voltando com a moto para a rua, agora era apenas três viaturas.
Lara: Você continua fugindo de polícia então sim!
Tainá: Segura mais forte. — E logo Larissa fez, não demorou muito para Tainá começar a empinar com a moto, fazendo assim que a ruiva entrasse em desespero completo.
Lara: Para com isso! — Falou num tom fraco, fazendo que Tainá risse mais ainda. — Eu tô falando sério Tainá!
Subiu o pneu da moto mais um pouco na intenção de fazer a placa arrastar no chão, e conseguiu.
Lara: Por Deus, nunca mais saio contigo! — Agarrou com mais força a morena, que continuava empinando.
Lara olhava o chão do lado dela desesperada, sentia que iria cair mas em momento nenhum caiu. A mais velha não permitia.
Tainá: Claro que vai, branca. — Desceu o pneu da frente, no mesmo instante Lara sorriu aliviada.
Lara: A melhor o caralho! — Sussurrou enquanto desafroxava sua mão direita, fazendo que Tainá voltasse a respirar normalmente. A mão esquerda ainda estava entrelaçada com a da morena.
Tainá: Ah é? — Continuou dirigindo, sua voz tinha um tom provocante. — Repete.
Seguia tranquilamente outro caminho já que havia uma única viatura agora.
Lara: A m-melhor... — Sussurrou, ainda agarrada no corpo de Tainá. Não era capaz de completar.
A mais velha olhou para trás novamente, era uma viatura diferente das outras e um tanto quanto maior. Pura curiosidade, Lara olhou também.
Lara: Puta merda Tainá... É meu pai.
Tainá: Como que tu sabe que é teu pai, garota? — Falou um pouco alto, o ronco do motor não permitia que as duas conversassem sem aumentar o tom.
Lara: Você não viu o carro? A patente do meu pai é a mais alta... Ele é o único que usa esses carros grandes no batalhão...
Tainá ouviu aquilo e apenas concordou, logo fez uma curva arriscada entrando na avenida que havia próximo dali.
Tainá: Vou ter que pegar a contra mão, num é caminho da tua casa mas eu vou dar a volta. — Disse enquanto avistava os faróis se fechando no outro lado da rua.
Lara: Contra mão?!
Lara não teve tempo para ouvir alguma resposta pois Tainá já tinha entrado nos meios dos poucos carros que tinha ali. Estava perto das seis da manhã, pessoas indo para os seus trabalhos ajudavam a fuga, ainda mais com o trânsito.
Tainá: Vê se ele ainda tá seguindo. — A mais nova olhou para trás, e o carro estava parado no cruzamento.
Lara: Não mais, ele parou no meio da rua.
Tainá: Vou te levar pra casa.
ᝰFuga rápida mas com direito a momentos boiolas. Capítulos alterados.
919 palavras.
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𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.
FanfictionOnde a traficante mais procurada do Brasil fica indecisa amorosamente entre duas pessoas. Sejam bem vindos a vida de Tainá Costa. 𝗫 Assim que finalizado, todos os capítulos serão reescritos e organizados novamente num novo livro que será publicado...