dois.

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Não era nem um pouco aterrorizante para Tainá estar sozinha novamente, não é a primeira vez que ela age assim. O único problema é que agora a morena não tinha ideia do que fazer.

Caso tentasse correr para algum lugar, levaria mais e mais tiros, e isso faria com que sua morte viesse um pouco mais cedo.
Tainá se negava a continuar naquela trocação, afinal tinha poucas balas e poderia ser capturada. Estava longe de ser um plano viável.

Ainda agachada atrás de uma viatura, começou a se xingar francamente por ter sido idiota de não ter levado mais recursos que o necessário.

É, teria muitos problemas.

Olhou para os lados começando a pensar em uma fuga, na sua esquerda, viaturas abertas e corpos no chão que atrapalhariam o caminho. Já do direito, um enorme condomínio fechado.

Era impossível correr contra os projéteis, e mais impossível ainda correr até eles.

Tainá: Que seja, vai ser ali.

Tainá puxou um cadáver que estava do seu lado, não enrolou mais nenhum instante para pegar sua pistola e por na própria cintura. Também guardou seu fuzil na mochila que carregava.

Não tinha tempo para respirar ou pensar em algo que a salvaria com menos riscos, então se arriscou correndo até o condomínio. Na pequena caminhada até o mesmo, diversos policiais tentavam se aproximar, e a morena não evitou atirar contra eles.

Correu até o muro jogando sua mochila para o outro lado, se esforçou para conseguir ao menos se apoiar na enorme parede. A sua primeira tentativa foi falha, afinal a morena possuía basicamente um pouco mais do que um metro e meio.   

Xingamentos rodeavam seus pensamentos, Tainá suspirou ao ver que teria de subir na árvore. Não exitou mais um segundo e agiu olhando para baixo, teve a visão de alguns policiais a cercando.

— Desce se não eu atiro! Sem saída, Tainá. — Mencionou o revólver, a morena deu de ombros enquanto apontava o seu dedo do meio.

Tainá: Nem morta, filho da puta. — O pm abaixo de si resmungou, logo atirou na traficante que conseguiu desviar. Em seguida, pulou no muro.

Agora quem disparava era Tainá, a mulher conseguiu assassinar o rapaz que a-atormentava.

Ela tinha visão de todo o condomínio, abaixo de si apenas um lago que não parecia tão raso assim. Aquela seria sua saída.

******

• Tainá •

Na hora que eu caí, já fiquei ciente que tinha que correr pra caralho agora. Iam dar um jeito de cercar essa porra.

Pô, fiz merda caindo aqui. Mas eu num vou me foder não, namoral.

Encarei todo o meu redor serinha procurando minha mochila, tava em cima de uns mato lá. Tava ignorando a dor que tava sentindo com o contato da água com os aberto, tava foda mermo.

Saí da água correndo, já sem enrolar pra tirar minha roupa. Num tem como eu andar por aqui toda molhada, ia ser mais fácil pra me achar, e eu num quero isso não.

Coloquei o vamo no chão e guardei minha roupa, procurei que nem otária outra coisa pra eu vestir, porquê eu já tava ligada que tinha. Mas eu num esperava mesmo que ia ser um vestido.

Uso essas coisa não, pô.

Tainá: Bem que a Carol mandou eu ver direito essa porra. — Resmunguei me vestindo. Melhor do que nada.

Peguei minhas coisas pra sair de trás da casa, mas na hora eu vi uns oitos polícias me encarando. Comecei a correr pra caralho atrás dos barraco, acho que eles num tinha percebido eu não.

Tava longe daquele lugar lá, aproveitei e comecei a olhar pra cima atrás de alguma janela aberta. Eu precisava me esconder logo, porra.

O fim da rua do condomínio já tava pertin, atravessei a milhão indo pro outro lado onde tinha mais casa. Num tem como eu sair direto.

Se duvidar tava tardezão já, ninguém na rua além dos gambé, pra me fuder mermo.

— Atenção moradores do condomínio residencial Monte Carlos, lamentamos informar que um ladrão armado invadiu o terreno.

Do nada um carro de som na rua, alá mané, entendi porra nenhuma.

— Tranquem tudo imediatamente!

Fudeu, agora acabou com a minha vida nesse caralho.

Porra, vou sair daqui hoje não.

Continuei pulando as cercas do quintal desses riquin, fiquei procurando que nem maluca algum lugar, mas tava tudo sendo fechado pô. Tudo mermo.

Tainá: Câmbio DC, na escuta? — Puxei o radin, tava agachada no pilar de um barraco.

— Visão patroa, te cataram?

Tainá: Claro que não seu doente! Como que tu acha que eu ia falar contigo, filha da puta? Porra, moleque burro do caralho. — Sussurrei na marra já, euein.

Tainá: Tô presa num condomínio aqui, cês vão ter que encostar na mecânica que tem aqui perto.

— Firmeza chefia, a gente chegar eu retorno. Certo?

Tainá: Só vem logo, tô cheirando a esgosto e tá cheio de viatura aqui.

Tainá: E o dinheiro? Bárbara contou? Roubamo quanto?

— Um milhão e meio! Deu certo, pô.

Vou negar não, dei um sorrisin filho da puta quando ouvi aquilo. Tô falando, a mãe é foda pra caralho. Largo essa vida por nada!

Já peguei a visão de que tinha uma janela aberta no quintal da frente, pulei o portão na pressa já vendo que eu tinha que dar um jeito de subir o barraco.

Tinha uma portona de vidro com uns tijolinhos exposto, aproveitei e subi aquilo numa dificuldade do caralho. O tênis tava escorregando, mas num fazia marca no chão e nem pingava mais pelo menos.

Tainá: Rico é mimado mesmo, porra. Varanda no banheiro é foda. — Subi ali, tinha outra porta de vidro, forcei a fechadura e consegui entrar. 

Tirei a pistola da cintura e comecei a andar com ela na mão, do nada mermo uma ruiva entrou no banheiro. Sem me encarar diretamente.

Pô, dei mole não. Empurrei ela na parede a prendendo com meu corpo.

Tainá: Se tu gritar qualquer coisa tu vai levar é pipoco nessa tua cabeça, filha da puta do caralho! Tá me entendendo, porra? — Calei a boca dela com a mão, fiquei serinha vendo ela tentar me empurrar.

Tainá: Para vagabunda, porra! Filha da puta. — Coloquei o pente na cabeça da ruiva, ela começou a balançar a cabeça concordado.

Tirei minha mão da boca dessa daí, continuava grudada nela e o cano também.

— Porra... Tainá... C-Costa? — Sussurou baixinho, alá.

Ruivinha conhecida, ein? Espero que tenham gostado. Capítulo alterado.

1061 palavras.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora