quarenta e nove.

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Foram só três meses, vocês ainda estão bem? Aguentam. Certo?

- Coringa -

Sábado. 00:15 AM.

Num tinha coisa melhor no mundo do que ficar com a Tainá, papo reto. Me amarro quando a mina fica comigo do nada e me amarrava mais ainda quando a mulher ficava passando a unha no meu pescoço, costume dela. Gostava demais.

Tainá: Nós tem que voltar. — Ela disse de pé, na minha frente. A gente tava no quarto, clima meio friozin mas tava gostosinho. Com a Costa tudo fica bom, sei nem como.

Fazia um tempo que eu e ela tava em Maresias, mas eu tava com um pressentimento ruim e num queria fazer ela voltar. E sozinha a mulher num ia subir a serra, no final consegui segurar.

Coringa: Depois a gente volta, Tainá... — Falei baixin segurando a cintura dela, num tava na malícia, mas a unha dela no meu pescoço num tava aliviando a situação.

Sou doido nela.

Só eu e a branca num condomínio todinho em Maresias e namoral mermo? Tem coisa melhor não, ainda mais sabendo que nós tá mais próximos do que antes, sei lá como, nós já era grudado.

Acendi um cigarro enquanto ela me afastava, fiquei pensando numas parada, foda que mermo sendo todo apaixonadão na mulher alguma hora eu teria que agir contra ela, mas fazer o quê? Poder é poder, essas porra acontece. E a Costa sabe disso bem pra caralho, num é atoa que ela já matou um monte pra tá onde tá.

Me perdi nessa fita quando ouvi a mulher murmurando alguma parada sobre serra e voltar, olhei pra ela desentendido já planejando enrolar mais um pouco, tava com um pressentimento ruinzão pra isso e num queria fazer mal pra ela não, tanto que sozinha a mulher não voltava.

Tainá: Qual foi? Me encarando desde que eu saí de perto. - Ela andou pelo o quarto enquanto caminhava pra janela, foi no papatinho já bolando um, continuei admirando a branca. - Vai responder não?

Coringa: Tá gostosa, Costa. - Falei serinho sentando na cama, acendi um enquanto olhava ela.

Tava parecendo modelo essa daí.

Tainá: Falando coisa pra mim essas horas? Tá cedo, Augusto.

Coringa: Vai querer que eu continue depois, patroa? - Levantei indo atrás dela.

Tainá tava de cabelo solto, uma camisa largona e um shorts jeans. Boto fé que a peita era minha, mas nem liguei muito já que por ela tá dormindo comigo direto ela sempre sai andando com minhas roupas. Acho lindão.

Tainá: Tá de graça colega? - Agora ela fechou a cara mermo, fiquei calado só sorrindo de lado pra ela. Ala.

Mulher tem marra pra caralho. Linda demais, que isso.

Tainá: Nós tem que voltar, tendeu?

Coringa: Bora comer morena, mando os menor ir atrás de conida pras nós. Pensa nessa não. — Ela balançou a cabeça e logo depois fiz o mesmo, na sequência a gente desceu as escadas de novo. Mulher tava fumando e eu também, mó fumaceiro na casa.

Ela ficou na cozinha e eu já fui pro lado de fora atrás dos irmãos pra resolver a parada da janta, por incrível que pareça mermo, esse tempo que nós tá aqui só tá ajudando a Tainá voltar a comer direito, e eu tava todo contente por essa. As vezes ela para do nada e fica tempo sem comer pó, condição não.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora