dezesseis + um.

2.3K 169 52
                                    

Terça feira: 20:54 PM.

Autor •

Tainá colocou a pistola por cima da camisa, Loirinho fez o mesmo. Não demorou para que os polícias chegarem perto da morena.

Tainá: Qual é a boa? — Encarou os dois homens que estavam na sua frente. Ela sabia que estavam tramando contra ela.

Sempre vinham pelo menos três policiais, não oito. Eles não gostavam de compartilhar o dinheiro entre si e por isso nunca aconteceu de oitos policiais serem convocados para expor as informações para a morena.

— Sem formalidade, Tainá. Cadê o dinheiro? — Um dos homens falou enquanto olhava para os lados.

Tainá: Meus cano primeiro, porra. — Tainá cruzou os braços, rapidamente os rapazes bufaram.

Antes mesmo de entregarem um dos fuzis, a morena observava atentamente toda a movimentação lenta dos homens. Estavam enrolado Tainá.

Alguma coisa iria acontecer.

Vão invadir aqui semana que vem. — Bruno, um dos policiais corruptos, mencionou enquanto virava a cabeça olhando para os lados.

Tainá segurou o fuzil já percebendo que estava descarregado, a traficante não fez questão de demonstrar que já sabia o que estava prestes a acontecer.

Tainá: Por que veio me avisar? Num vai dar emoção nenhuma cuzão. —  Tainá segurou o riso mordendo os lábios, observava um pouco mais atrás um dos homens usando um radinho.

— Teu morro vai ficar em risco, vão invadir de noite.

A traficante permaneceu quieta, aquilo já era demais. Provavelmente aconteceria.

Pegou seu radinho olhando atentamente o policial que estava um pouco mais a frente, logo começou a manter contato com seus vapores e olheiros.

Tainá: Vão invadir o morro agora, desce dois carros-bichos. Cola mais uma tropa aqui na porta da Holly. — Murmurou olhando Bruno, que a encarava sem entender.

— Ciente patroa, tamo na pista.

E então, Tainá desligou o radinho.

Tainá: Tá achando que sou sonsa, caralho? — Continuou séria, sua mão estava na pistola enquanto a outra continuava no fuzil. — Os irmão vão chegar em cinco pô, pra descer o meu Complexo num é rápido, mas os cara voa quando tem invasão.

Bruno: Invasão?

Tainá: Tu acha mermo que eu vou cair nesse papo, porra? Tu me entregou a parada sem bala, quer mermo que eu num acredite que vão meter três pipoco na minha cara? — Sacou a pistola, apontando pro rapaz. Loirinho fazia o mesmo que Tainá.

Não demorou para os outros polícias apontarem para Tainá, que deu um curto sorriso de lado.

Tainá: A Manuela num ia gostar de tu no errado não, pô. A garotinha te admira.

A traficante sempre soube de tudo e todos na enorme cidade, sem exceção.

— Caveira, meu capitão? — Um policial mais atrás questionou, enquanto apontava a arma para a mulher.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora