𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.

sete.

Sexta-feira. 01:15 AM.

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Lara levantou com pressa da cama ao ouvir a voz da morena, estranhando a garota estar ali de novo.

Tainá: Tu tem mó bundão, porra. — Cruzou os braços, dando importância somente para a ruiva.

Lara: Você não cansa de mim não?— Sussurrou se afastando da porta do banheiro, os amigos de Lara viam aquela cena assustados.

Tainá: Prefiro te comer primeiro dona...

Lara: Eu sou hétero, para com isso. — Se afastava cada vez mais da morena, que não exitou em se aproximar.

Todos os cinco naquele quarto estavam em um completo silêncio, alguns prestando atenção na cena que já estava acontecendo.

A traficante empurrou Larissa brutalmente até a parede, enquanto cruzava os braços já perdendo sua expressão.

Lara: Você gosta de me empurrar, não é? Caralho... — Passou rapidamente a mão em suas costas, sentindo doer.

Tainá: Quer saber de mim pergunta pra mim, pô. — Murmurou baixo. — Tu tá gostosa pra caralho vestida assim, dona. Serinho mermo.

Lara: O... O que você... Você quer agora? — Tentou evitar contato com a morena, mas era praticamente impossível. As duas estavam coladas.

Tainá: Esqueci algo meu aqui, só vim pegar de volta. — Olhou para a bancada que tinha no quarto de Lara, um de seus baseados estavam ali.

Lara: Por que você não pega e vai embora? Que tal, hm? —  Empurrou a mesma de leve, Tainá passou a língua no canto da boca.

Tainá: Te provocar é bom, patricinha. Mas já tô indo que tenho mais coisa pra fazer do que olhar pra essa tua cara.

Sua mão que estava perto da bunda de Lara foi solta, fez o mesmo trajeto de antes, agora Tainá não estava mais presente.

A ruiva não pensou duas vezes em trancar a porta do banheiro por fora, Tainá não poderia aparecer outra vez, hoje.

Lara: Eu não aguento mais essa mulher. — Levantou um pouco sua camisola, vendo a marca avermelhada que tinha perto da sua cintura. — Olha isso, ela é pior que o Gustavo.

[...]

Algumas horas depois e Tainá já estava em território nordestino, considerada praticamente sua cidade Natal - mesmo tendo passado sua vida toda em Rio Grande do Norte -.

Entrou na casa de sua mãe lentamente, seu irmão já estava ali faz um tempo. Tainá sabia que não era bem vinda por conta do seu pai, já sua mãe entendia porém não apoiava.

— Titia naná! — Uma criança pequena exclamou, correndo até o colo da morena.

Tainá: Oi amor. — Segurou Maria Clara, enquanto a abraçava.

Maria: Esqueceu que tem que dar bença, Maria Tainá?

Aquilo fez com que a traficante se arrepiar, odiava quando a chamavam pelo primeiro nome. Péssimas lembranças retornavam.

Tainá: Bença mãe, bença pai. — Colocou sua sobrinha no chão, que foi correndo até seu outro tio.

A morena não sabia se abraçava sua mãe oi apenas recuava, seu pai a olhava com uma cara feia e um sorriso assustador, o mesmo de anos atrás.